sábado, 23 de fevereiro de 2013

Eu tinha uma vida boa. Trabalhava para o Privado, trabalhava muito, ganhava bem, o trabalho era interessante, dinâmico, challenging, tinha carro de serviço à porta. Às vezes ao fim de semana ia passear de carro, às contas do patrão (mas ele merecia). Depois passei para o Público. Ganhava menos, mas também trabalhava muito menos horas, o trabalho era interessante, mas mais mecânico e repetitivo, sem margens para improvisos, mas gostava das pessoas. E o tempo que me sobrava, gastava-o em palermices. Depois tornei-me empresária. Tenho muito trabalho e ganho muito. Não durmo mais de três horas por noite, não como, não bebo, não me levanto da frente do computador, não saio, e penso que faleço. Não tenho trabalho nenhum e não ganho, sobra-me o tempo para tudo e para nada, e penso que faleço. Tenho trabalho para a caridade, pratico preços de 1964 (e ainda me sinto culpada) e penso que faleço. Em suma: volto ao Privado, ao Público, ou faleço? 

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Um dia, quando deixar de escrever profissionalmente, vou-me dedicar mais ao blogue. Amanhã não vai ser esse dia.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Se forem comprar óculos e vos derem a escolher ente anti-riscos e anti-quebra, pensem bem qual é a probabilidade real de os deixarem cair pela janela. Escolhi mal.