sábado, 29 de maio de 2010

Esqueci-me de mencionar "cruéis, maquiavélicos e odiosos".

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Paris, je t'aime

Não gosto nada de usar o blog para mandar recadinhos, mas como o prometido é de vidro... Gostava muito mais de nós quando não tínhamos perdido os nossos objectivos de vista. Éramos menos cínicos, menos amargos e menos irritantes um com o outro. E tomavas tão bem conta de mim. Mas não faz mal. Amo-te na mesma, meu grandessíssimo tolo.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Não pensei viver para ver chegar este dia...

Afinal sou uma puritana. Uma moralista. A minha educação profundamente católica está toda a vir à tona. Isto porque, pasme-se!, sei distinguir tão facilmente o certo do errado. Porque o certo, obviamente, é andares a encornar a tua namorada. O certo, obviamente, é exigires de mim o que sabes que não posso, nem quero, dar-te. O certo, obviamente, é eu dar-te satisfações sobre com quem durmo, quem convido para a minha casa, ou se me pus a dançar o can-can toda nua com um chapéu de pasteleiro às quatro da manhã no Marquês de Pombal. Pois, o certo. E o errado. Tão difícil.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Eu não quero levantar falsos, mas as pessoas quando morrem são todas fantásticas, umas porreiras. Até os traficantes de droga.

It's not personal, Sonny. It's strictly business.

“Acho que devias arranjar um emprego e começar a pensar em juntares-te e ter filhos. Do franguinho ou do teu novo melhor amigo de infância são as minhas sugestões. Os teus genes merecem.” Talvez. Mas os deles não!

quarta-feira, 19 de maio de 2010

O meu autismo começa a dar os seus frutos. Cinco dias, três Pedros, três sermões. Mas eu mereço. Vou só ali dar duas voltas e meia ao meu cilício e já volto.

Eu e o meu povo

Hoje celebram-se exactamente 10 anos que deixei definitivamente a vida boémia para me dedicar, com afinco, à decadência. Com grande sucesso, diga-se. Há que festejar!
Nota1: O James H. passa a metro e meio de mim e o que é que me passa pela cabeça? Delírio? Euforia? Êxtase? Histeria? Não. "Foda-se, parece um estivador".
Nota2: Preciso de alguém que me conte histórias até eu adormecer.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

domingo, 16 de maio de 2010

De visita a São Salvador da Baía, eu e a minha esposa quisemos consultar uma Mãe-de-Santo. Demasiada crendice, dirão vocês. Demasiado Jorge Amado, respondo eu. Assim que aterrei foi a primeira coisa que disse à nossa guia. Ela respondeu, muito solícita, que tinha um colega especializado nesse tipo de serviço (?!!) e que me ligaria mais tarde para explicar detalhes. Dois dias depois liga-me. Contas redondas, a troco de cem euricos, mais coisa menos coisa, alguém nos iria buscar ao hotel e levar-nos-ia a um terreiro para, com mais uns quantos turistas, assistirmos ao culto. O preço, por pessoa, incluía toda a animação (??!!!!!) e a nossa segurança, uma vez que os terreiros ficavam todos em perigosíssimas favelas. Desistimos da ideia. Mal por mal, antes gastar o guito em caipirinhas e bikinis. Eu, totalmente avessa a programas 'turísticos', prefiro passear por minha conta e risco. Lisboa, Marraquexe, Tunis, Taipa; conhece-se bem mais de uma cultura e de uma cidade sentada numa esplanada a ouvir conversas alheias e a observar o vem e vai que dentro de um museu a olhar para paredes. De maneiras que agarrámos em nós e andámos pela cidade, a sentir a vibração da coisa. Percorremos as ruas e subimos as ladeiras que já amávamos antes de conhecer, de tantas e tantas vezes termos lido sobre elas. Um belo dia conhecemos uma pessoa, uma personagem saída directamente da cabeça de Jorge Amado. Depois de algum tempo à conversa fomos à nossa vida, mas não tínhamos dado nem dez passos e diz a minha esposa "Reparaste nos colares? Ele é do candomblé! Se lhe perguntássemos a ele?". E lá voltámos atrás, roxas de vergonha, com medo de estar a ferir susceptibilidades. Zé Carlos, depois de consultar a esposa com o olhar, e de dizer que não costumava dar o contacto da sua Mãe-de-Santo a estranhos, deu-nos um papelito com um número de telefone. Corri para o orelhão mais próximo e disquei o número. Do outro lado atende-me uma senhora que ao fim de duas frases minhas me pergunta se não sei falar português... Depois de uma aventura linguística lá nos conseguimos acertar. No dia combinado, Zé Carlos enfiou-nos dentro de um táxi e deu as suas indicações ao irmão. Percorremos a cidade e começámos a subir a favela quase em pânico, já arrependidas de onde nos tínhamos ido enfiar. O "irmão" foi impecável, estacionou o carro, chamou pela Mãe e só foi embora quando já estávamos dentro de casa. Casa? Barraca. Muito asseada, mas ainda assim miserável, com imagens recortadas a servir de decoração e uma data de relógios parados ou com horas trocadas. Enquanto a minha esposa entrou lá para dentro para se consultar, eu fiquei na sala a contar os ratos que passavam. Quando chegou a minha vez, ia desmaiando do esforço de conter o riso. Aparece-me uma velhinha encarquilhada, noventa e tantos anos (tinha-mo dito Zé Carlos), escura como a noite, em camisa de dormir, mas com umas venerandas barbas brancas. Devo dizer que a vontade de rir me passou quase a seguir, quando me começaram a rezar e a aspergir com uns líquidos altamente suspeitos. Mandaram-me sentar e ficar de boca calada. O que se seguiu foi um dos episódios mais surreais da minha vida já pouco realista no correr normal dos meus dias. Hei-de guardar para sempre as coisas que me disseram, Mãe O. e a sua Filha C. Algumas coisas pareciam anedota (além de altamente improváveis, na altura), mas vieram a acontecer, implacavelmente, mais cedo ou mais tarde. Neste momento oiço as palavras "apartamento no centro da cidade" ecoarem nos meus ouvidos, e vejo as palavras que se seguiram a piscar em néon. Depois chamaram a minha esposa de volta e passaram-nos o que se pode chamar de um grandessíssimo sermão, de pessoas que não nos conheciam de lado nenhum, mas que sabiam perfeitamente do que estavam a falar (e pelo menos tinham a legitimidade da provecta idade do lado delas). Lembro-me também, com grande carinho, das últimas palavras que Mãe O. me dirigiu. "Você não está perdida, minha filha".

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Terceira parte

Desespero misógino. Meio copo. Massacre. Muito pior.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Red Bull dá-te aaaaaaaaaaaaaaaaasas

E estou a começar a alucinar completamente porque são 4 da manhã e não posso ir dormir porque tenho trabalho para entregar e depois faço directas em cima de directas e vou-me deitar às 10 da manhã e acordo às 6 da tarde e já não sei o que é noite e o que é dia e no outro dia às 5 da manhã tinha tanta fome que tirei um pacote de bolachas daqueles que têm uma embalagem de cartão por fora directamente para dentro dum olho e comecei a gritar estou cega estou cega mas lembrei-me que eram 5 da manhã e se calhar era melhor gritar em voz baixa e doeu comó caralho mas depois quando tirei a mão do olho vi que afinal não estava cega mas tinha uma mancha encarnada no olho e fiquei quatro dias quatro sem olhar para o espelho porque posso ver as minhas tripas mas tudo o que meta olhos põe-me os joelhos a tremer e achei que ia ficar assim para sempre mas depois distraí-me e olhei para o espelho e afinal o olho já está normal outra vez e depois acontecem-me cenas embaraçosas como vir da casa de x e encontrar os amigos de x e fingir que não os vejo mas eles virem ter comigo e perguntarem-me se x já voltou e eu pensar se soubesses onde é que x tinha a boca ainda agora mas fazer cara de anjo e dizer que já voltou porque falámos no msn e depois pensar que foi uma parvoíce porque é mais que provável que x amanhã se desboque que estivemos a ver um filme e depois vai parecer suspeito que eu não tenha dito nada mas agora já está já está que se foda e depois aturar as cenas de ciúmes do mesmo de sempre e acabar por ir para os copos com os amigos de x vamos até ali enrolar uma ganzazinha queres não obrigada tenho de me manter acordada porque tenho de ir trabalhar no computador e a minha vida é uma miséria e chego a casa mas afinal os ciúmes já passaram então vou só fazer um xixi e já te encontro no real e já são 3 e meia da manhã não acredito que vou sair outra vez para a rua tenho tanto ainda para fazer mas o sábado é só uma vez por semana é da maneira que depois compenso e deito-me ao meio-dia talvez e afinal até deu para mudar a opinião e conhecer um povo que até é cinco estrelas até já tenho um novo spot onde ir porque o meu tio não tem café que é uma coisa que me aborrece um bocadinho portanto agora sempre posso ir beber um cafézinho e trocar umas ideias com gente porreira que me vende red bulls logo a mim que não bebia um red bull há mais de sete ou oito anos porque toda a gente sabe que dá cabo do coração a uma pessoa e claro que todos vamos morrer um dia mas eu por mim até nem tenho pressa e depois recebo mensagens um bocado parvas está-se mesmo a ver onde é que isto vai dar mais dia menos dia dizes-me aquilo que eu não quero ouvir mas há que encarar estas cenas com tranquilidade e dizer é a vida que é que queres que faça por ti ou se calhar é melhor não porque já sei a resposta e não é coisa que eu queira ouvir de maneiras que ouvidos que não ouvem coração que não sente pelo que o melhor mesmo é ficar caladinha e continuar a transcrever apesar de estar farta de ouvir se o caralho do caminho é público ou privado ou municipal e tanta merda por causa de 2 metros de terreno não valia mais enfiarem a merda da caixa da electricidade pelo cu acima e voltarem para a vossa terra porque isto com gente de fora é sempre a mesma coisa sobretudo com gente sofisticada e evoluída do primeiro mundo porque não percebem o valor da terra e a importância que 2 cm de terreno têm para este pessoal do terceiro mundo.
Enfim, se calhar ia trabalhar mais um bocadinho.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Se calhar devia ter atirado aquele preservativo que me deram no Rossio...
Odeio o Natal, a Passagem de Ano é uma noite igual às outras todas, não gosto do Carnaval, detesto fazer anos, os feriados aborrecem-me e ainda não percebi o que é o 15 de Agosto. Assim, as épocas do ano dividem-se, para mim, em: Paris-Dakar (suspiro), Páscoa (adoro), equinócio de Primavera, Santos Populares, mês de Junho (todo), solstício de Verão, Feira do Livro, férias em Setembro. Preferia quando a Feira era em Junho, mas pronto, é o que há.
Dito isto, eu só quero ler livros. Mas não. É embaraçoso, não me orgulho nada disto, chega a ser aviltante. Não vale a pena negar. Foi o que aconteceu. Vi o Papa. Espero que ele não me tenha visto a mim. Não consegui descortinar se levava os seus magníficos sapatos Prada. Ooooooooooooh...

sábado, 8 de maio de 2010

Acontecem-me coisas #4

Na loja:
Entra uma avozinha, sessenta e muitos, casaco de fazenda até aos pés (?!), barriga que parece um barril, mas impecavelmente maquilhada e penteada. Pergunta-me o preço de um artigo. "Ai, menina, isto ficava giríssimo para levar a uma festa. Só precisava de pôr um casaquinho preto por cima, mais nada!". "Isto" é um conjunto de cinto e soutien de lantejoulas douradas.

Na rua:
Do outro lado da rua, um empregado de mesa de serviço à esplanada (com a dita cheia) tira a placa da boca, limpa qualquer coisa, sacode alguma saliva e torna a enfiar. Por duas vezes. Passou-se isto em Marraquexe? Kinshasa? Cabinda? Não. Passou-se nos Restauradores.

No bar:
Entro na cozinha para fazer um pedido. Está uma barata com uns 15 cms exactamente no meu caminho. "Paaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaulo!!!!". O Paulo esborracha-a com o téne e dá-lhe um pontapé para debaixo do frigorífico. Obrigada, Paulo.
O patrão apanha as gorjetas que são para mim e a enfia-as na caixinha do pessoal. Eu sei que é assim que é justo, mas a caixinha estava vazia quando eu comecei. E as gorjetas são claramente para mim. Ainda não vi darem nenhuma gorjeta ao preto nem ao zuca!
O barril está a acabar, as imperiais estão a sair uma merda, mas continuam a dar-me 1 euro de gorjeta por cada 4 imperiais que tiro. O patrão continua a roubar-me as gorjetas, com um sorriso nos lábios. Marroquino de um cabrão!
Um maluquinho do Miguel Bombarda passa 40 minutos a explicar-me como e porque é que o querem tramar e que escreveu uma dúzia de cartas para o Vaticano, e que tem um plano em conjunto com o António Costa para controlarem o Bairro Alto e serem os reis da máfia e que ligou à Judite de Sousa a fazer queixa dos drogados que lhe estragaram o negócio (do Bairro Alto) e que a princesa da Espanha é pedófila, porque tem um filho que zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz....
Um gajo da Administração Interna quer escoltar-me até casa.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Pois. Diz que já fiz de tudo. Incluindo distribuir panfletos de um restaurante egípcio, no meio da rua, semi-nua. Pronto. Extraordinariamente bem despida. Nas Portas de Santo Antão. Weeeeeeeeeeeeeeeeeeee...

terça-feira, 4 de maio de 2010

Segunda parte

Desolação misógina. Copos, copos, mais copos. Copos antes do pequeno almoço. Gatos. Putas, putanheiros e putaria. Tragédia. Renúncia. Pior.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Pára de te armar em criança, Nina! Tempo de tomar decisões. E mudar tudo outra vez....

domingo, 2 de maio de 2010

O afecto é o amor dos mornos.