segunda-feira, 25 de abril de 2011

E aprendi que a única coisa que se deve temer é o medo. Lesson learned.

domingo, 24 de abril de 2011

'Só não se criam lá elefantes porque não é a época deles.'

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Agradeço sinceramente à minha família ter-me deixado sozinha na Páscoa. Mais uma vez. O ano passado fui compreensiva. Este ano sou teimosa. Eu, uma gata e uma casa assombrada. Parte II. Se sobreviver conto.

terça-feira, 19 de abril de 2011

A minha incrível resistência às drogas e a maneira como me atingem como uma marretada entre os olhos quando finalmente fazem efeito, têm-me valido gratas alegrias. A última das quais foi ter um dente t-o-t-a-l-m-e-n-t-e arranjado a sangue frio (apesar dos meus veementes, pelo menos a mim pareceram-me bastante veementes, protestos) e uma anestesia que me fez desaparecer metade da cara durante duas horas e que me atingiu como uma chicotada no exacto momento em que a minha dentista, essa sádica demente, me diz 'prontinho! podes bochechar e dar o baza'. Foda-se, foda-se, foda-se.
Tenho um corpinho que foi feito para o pecado, benzódeus.

domingo, 17 de abril de 2011

Tive o primeiro sobressalto quando percebi que nem todos os jogadores de futebol eram já mais velhos que eu. Mas passou. A seguir foi um safanão. Gajos que eram cromos que eu colava nas cadernetas da bola das épocas do meio dos anos 90, com penteados de mau gosto e cara de broncos, são agora respeitados e barrigudos treinadores de futebol. Confesso que me deu para hiperventilar. Mas ter um candidato a PM que me lembro CLARAMENTE de ser um jotazinho promissor, mas ainda imberbe, um beto do pior, é certo, mas sem dúvida um rapaz novo, acaba definitivamente comigo.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

A minha vida é tão absurda, mas tão absurda, que se qualquer outra pessoa me contasse certas histórias eu achava que era coisa de esquizofrénico...
A minha já de si fraca inteligência social ainda é capaz de me dizer o que é que significa alguém convidar-me para um café, para jantar, para ir ao cinema, prós copos, à praia, para ir comer bifanas e beber imperiais... Já alguém que me convida para ir passear ao Rio de Janeiro, deixa-me um bocadinho, vá, como dizer isto, intrigada?

sábado, 9 de abril de 2011

Declaro oficialmente aberta a época de dormir nua.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

De maneiras que eu tenho um problema grave de megalomania, não sei fazer as coisas pela metade, tenho aspirações de grandeza que me ultrapassam. E muito. Mas voltando um pouco atrás. Há dois anos sonhei fazer da minha varanda o jardim mais florido deste bairro. Neste espaço de tempo, afoguei um cacto, fiz apodrecer duas orquídeas e matei à sede uma hera. Não tenho grande habilidade para a jardinagem, admito. Mas sou de ideias fixas. Pedinchei à minha mãe, durante dois anos, pelo natal, pelos anos, pelo dia da criança, quando fui arrancar o último dente do siso, que me oferecesse uns vasinhos daqueles que se prendem às varandas, que era para fazer a coisa como deve ser. Nada. Mas para grandes males grandes remédios; há que apelar. E ninguém domina como eu a arte da vitória pelo cansaço. Mamãe lá me comprou os vasos. E aí fui eu, pazinha numa mão, tesoura de podar na outra, atacar o pequeno jardinzinho de mamãe. Trouxe plantas a dar com um pau. Um hectare de varanda era coisa para não chegar. Tenho flores, tenho ervas aromáticas, tenho arbustos. Viajar de comboio com sacos gigantes de vasos e plantas e mudas tem a sua graça. Ainda que seja ligeiramente embaraçoso. Mas o meu ânimo ainda estava em altas. Comprei terra, dediquei-me em grande à delicada tarefa de tirar dali, pôr aqui. Deixei de poder sair para a varanda. Não havia espaço. Balanço até agora, passados que estão três dias: um poejo morreu (completamente morto), as sardinheiras estão a ficar para o amarelado, a dama da noite parece-me pouco viçosa, a hortelã está murcha e o physalis parece-se com um ponto de interrogação. A minha reforma agrária está completamente arruinada. Sou uma nódoa, uma nulidade, tenho um L gigante na testa, sou uma assassina confessa de criaturas verdes e lindas e bem cheirosas (pelo menos cheiravam bem no domingo). A vantagem é que já posso sair outra vez para a varanda.

Se há uma coisa que eu não temo é perder o emprego

Diz que isto vem tudo por aí abaixo com as trombetas de Jericó. Medo. Pânico. Horror. Tss, tss... Quanto a mim, agora é que vai começar a puta da loucura. E no melhor dos sentidos, pois claro.

domingo, 3 de abril de 2011

Venho eu para casa depois de anoitecer, para me confundir com as sombras (razões a explicar posteriormente), e tenho de levar com as putas de S. Paulo, cada uma na sua esquina, como é de lei, a ouvirem o relato da bola nas suas telefonias a pilhas. Há lá coisa mais sexy? Por acaso há, o facto de terem todas mais de sessenta anos e se terem esquecido TODAS de vestir a saia.