quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Ouvir (à socapa) a minha directora de casting comentar que eu sou uma actriz é bom. Ouvir o meu big boss dizer-me (à frente de toda a gente) que todos sabem que eu sou louca é ainda melhor. Pena que quem não o conheça não perceba a piada.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Brincando aos heterónimos

"Sou tão feita para ir para o Céu, como para casar com o Edgar Linton, e se esse monstro que está lá dentro não tivesse feito o Heathcliff descer tão baixo, eu nem teria pensado nisto. Seria degradante para mim casar-me agora com Heathcliff, por isso, ele nunca saberá como eu o amo. E não é por ele ser bonito, Nelly, mas por ser mais parecido comigo do que eu própria. Seja qual for a matéria de que as nossas almas são feitas, a minha e a dele são iguais, e a do Linton é tão diferente delas como um raio de lua de um relâmpago, ou a geada do fogo."
Catherine Earnshaw

Ironias...

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Os gatos são os bichos mais fofos, lindos, adoráveis e estúpidos da Criação. A minha gosta de águas de sabores. Não estou a falar de Frize. Estou a falar do ralo da banheira.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

A parte mais divertida do meu dia foi estar a brincar com as crianças da figuração, com canetas de feltro e livros de colorir. Ou então foi quando postei uma foto minha no fb, grávida de 7 meses, e as pessoas acreditaram.

domingo, 20 de novembro de 2011

Eu não corto o cabelo. Acerto pontas. Mudo de cor. Mudo de penteado. Agora uma franja, depois um escadeado, agora em "V", depois a direito. Mas NUNCA corto o cabelo. Por que raio agora, logo agora, sonho todas as noites que o corto rente?

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Rir é sexo. Sorrir é beijar na boca.

Sempre fui pessoa de gargalhadas. Despropositadas. Descontroladas. Desrespeitosas. Inoportunas. Hilariantes. Pânicos de riso. Rir até chorar. Rir até sufocar. Quantas e quantas vezes Mamãe me gritou que risse mais baixo. Quantas e quantas vezes a Avó me chamou pateta por rir de tudo e de nada, mas sobretudo de nada. Ri-me de palermices, ri-me de alegria, ri-me da vida, ri-me da realidade, ri-me das desgraças, ri-me de mim, ri-me com os outros, ri-me sem razão. Hoje já não tenho razões para rir. Rio-me apenas das desgraças. Das minhas. Cada dia é uma sucessão de vitórias e derrotas. Vitórias amargas e derrotas doces. Tenho de dizer não a uma coisa que quero muito, porque já disse sim a uma coisa que se calhar não queria assim tanto. Espero respostas, em vão. A paz é cada vez mais podre. A comunicação tem cada vez mais falhas. Parece que de repente toda a gente começou a falar norueguês à minha volta. Não tem graça. Mas sorrir. Sorrir é outra coisa. Nunca fui de muitos sorrisos. Sarcásticos? Quase todos. Amarelos? Muitos. Por obrigação? Sempre que necessário. Espontâneos e genuínos? Meia dúzia de vezes a vida inteira.
Em determinados contextos, espera-se que as pessoas digam as tontices próprias do momento. Palavras lisonjeadoras, excitantes, encantadoras, abjectas, bonitas, ordinárias. Palavras que aceito humildemente, sem agradecer. Porque já as ouvi mil vezes, de mil vozes diferentes. Se algumas delas me intrigam, deixei de lhes ligar importância, porque apesar de as aceitar, nunca lhes vou reconhecer o significado. Mas de um desses momentos, cujo desfecho, bom ou mau já o esqueci, recordo e recordarei para sempre as palavras 'tu tens um sorriso lindo'.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

God, eu sei que não tenho sido boazinha (já nem sequer sou boazona) e nem acredito em ti, mas só para o caso de existires, EU PRECISO DE GANHAR ESTE CASTING! Estou bem relacionada, qualquer coisinha que precises já sabes, estou à disposição. Atenciosamente.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Que tenho uma merda de família (ou uma família de merda, vem a dar no mesmo)? Já sabia. Que a capacidade desta gente para me surpreender nunca cessa? Soube hoje.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Um dia hei-de ter problemas graves por comer iogurtes passados do prazo um mês. Ou fora do frigorífico (a.k.a. dentro da mala) há mais de 72h. Hoje ainda não foi esse dia. E amanhã também não será. Porque amanhã não faço contas de comer iogurtes.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Gostava mesmomesmomesmomesmomesmo de saber por que é que não consigo aceder ao blog através do telemóvel. É que a última coisa que me apetece é olhar para um monitor. E tinha taaaaaaaanto para escrever...

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

O talento da minha esposa para misturar roupa dentro da máquina e tingir coisas de cor-de-rosa (cor-de-rosa?) não é mítico. É épico.

sábado, 1 de outubro de 2011

Família de comediantes

Mamãe, que não me via há uma semana, diz 'Onde é que vais parar assim?', 'Hospital' e 'Morrer'. De chorar. Mas nunca diz 'Porquê'. De rir às gargalhadas.
Nina sabia que não era possível redigir uma tese de mestrado em 14 dias. Nina acreditou que era possível redigir uma tese em 14 dias. Nina sabe agora que é possível redigir uma tese em 14 dias. Let's drink to that!

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

- Do you expect me to talk?
- No, Mr. R.. I expect you to die!

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAhhhh......., as repousantes e retemperadoras férias em família...

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Numa família em que a lucidez é um estado efémero (bastante efémero) e em que os excessos de todo o tipo foram, desde gerações remotas, não só tolerados como até encorajados - nunca se viu alguém impedir outrém de (tentar) comer até rebentar, beber até cair ou fumar até secar; pergunto-me, pois, em que delírio me encontraria eu para me ter passado pela cabeça que seria bom desintoxicar-me dos vícios perniciosos da minha vida urbana e cosmopolita, durante estes dias de sã convivência 24/7 com o referido clã. Erro meu, erro meu.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Os elementos da minha família, quando isolados, são anjos de candura e sensatez. Quando em conjunto é como se se tivessem aberto os portões do Inferno. Brueghel ficaria estupefacto.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Desisto de contar as horas que me separam/aproximam da sanidade/insanidade. Fui apanhada entre a maior fiteira/criativa do mundo e a maior rainha do drama de todos os tempos. Encontro-me exactamente no olho do furacão. Abatam-nos a eles ou abatam-me a mim, mas, por favor, não prolonguem mais o meu sofrimento.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

96h depois, quero morrer, pousar a cabeça no carril e esperar pelo comboio, meter-me na camionete e voltar para casa. Não aguento nem mais um sermão, uma opinião, um conselho podre, um convite para uma aguardente velha. Estou abstémia, porra! E por falar nisso, está um belo tempo para. Não sei o quê, mas lá que está uma maravilha, está.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Ah, e sem café.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Decidi ir cold turkey. Há mais de 48h sem drogas, sem álcool, sem os meus 65mg diários de v., sem sarcasmo, sem fumo, sem poluição, sem ruído. Só sol, areia, água, palmeiras, mesas ovais ou rectangulares (redondas ou quadradas não chegam).
Tenho saudades da Pops. Sniff...

domingo, 28 de agosto de 2011

É muita estranho ir à festa da terra onde vivi 23 anos e não conhecer uma alma. Vivam as farturas. Vivam.

sábado, 27 de agosto de 2011

It makes all the difference in the world between success and failure.
Luck?
War.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Este ano ainda só me pediram em casamento duas vezes, mas uma delas foi a brincar.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Anos e anos de estudo, educação esmerada, universidades prestigiadas, para a minha grande especialidade ser, hoje, falar com a PT ao telefone. Perdão. Insultar a PT ao telefone.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

'Show me all the blueprints. Show me all the blueprints. Show me all the blueprints. Show me all the blueprints. Show me all the blueprints. Show me all the blueprints. Show me all the blueprints. Show me all the blueprints. Show me all the blueprints. Show me all the blueprints. Show me all the blueprints. Show me all the blueprints. Show me all the blueprints. Show me all the blueprints. Show me all the blueprints. Show me all the blueprints. Show me all the blueprints. Show me all the blueprints. Show me all the blueprints. Show me all the blueprints. Show me all the blueprints. Show me all the blueprints. Show me all the blueprints. Show me all the blueprints. Show me all the blueprints. Show me all the blueprints. Show me all the blueprints. Show me all the blueprints. Show me all the blueprints. Show me all the blueprints.'
O meu cérebro tem tendência para fazer isto. Apercebo-me ao fim de uns 10 minutos. Às vezes de 20. Na rua. Não necessariamente 'blueprints'. Em voz alta. Triste.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

É bom vir de uma aldeia. É bom ter onde voltar. É bom ter uma festa como mais nenhuma aldeia perdida em nenhures tem. É ainda melhor ver a nossa paixão de adolescência não tirar os olhos de nós a festa toda. Substituir 'não tirar os olhos de' por 'babar em cima de'.
*Riso maléfico*

terça-feira, 9 de agosto de 2011

É incrível como me chegam estas pitas das berças, sem saberem juntar duas palavras para formarem uma frase, vão para as lojas da Baixa e as coisas agarram-se-lhes às mãos. Big time. No stress. Sem problemas, sem serem apanhadas. Só lucro. E eu, com mil anos de experiência de lojas, olhos a lacrimejarem e baba a escorrer pelo queixo por artigos que não posso pagar, nunca tirei uma coisa que não fosse minha. Tirando aquela vez. Um pau de giz. Da sala de aula. Na escola primária. Chuifff...

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Quando eu era miúda, em casa da minha avó, havia sempre pêros encarnados e pêros amarelos. Encarnados para o meu primo, que não gostava de amarelos e amarelos para mim, que não gostava de encarnados. E bananas, para o meu primo. Eu sempre detestei bananas, mas agora estou a comê-las de empreitada, que diz que são muito boas para as cãibras. Comi um balde de iogurte de aroma de banana, mas parece que o efeito não é o mesmo. Qual é o interesse disto? Nenhum.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Era uma ruiva fogosa, agora sou uma loira pindérica. Algures entre o loiro barracas e o loiro empregada-doméstica. Vou ali recuperar a minha colecção de chapéus e já volto.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Eu tenho um problema. Eu tenho um problema com roupa. E com sapatos. Pedem-me para levar roupa formal para uma gravação qualquer e eu não sei do que é que estão a falar. Chego a casa e imploro à minha esposa que me empreste roupa. Ela grita e barafusta. Não ajuda em nada. Mas o que dói mesmo é que uma fedelha me diga, condescendente, que se eu tivesse roupa normal já não andava sempre a usar a dela. Normal? Tailleurs e saias pretas e sei lá que mais são roupas normais? Responde que se eu pensasse a longo prazo era o que compraria. O que é que ela quererá dizer com isto? Parece-me que as prioridades desta juventude estão todas invertidas. E agora não encontro sapatos para combinar. Raiva. Muita.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Menos de 24h depois, começo a execrar 'práticas culturais'.
http://twitter.com/_NinaLee_

terça-feira, 26 de julho de 2011

Putes, o tédio é uma coisa que.... a mim não me assiste...

Comecei hoje a minha primeira tese de mestrado. Fantástico. Hilariante. Absurdo.
Nina acaba de criar uma conta de twitter. Agora só falta perceber que c@r*l£# são retweets e menções e cenas. Cenas dentro de cenas, portanto. Mas agora que percebeu que as opções de cores e fundos e quejandos são bastante limitadas, já não lhe parece tão interessante. Não que este blog seja um exemplo de criatividade no que respeita a layouts. Mas pronto. Cenas dentro de cenas.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Apesar de toda a minha absoluta e irremediável tontice, sou a nora que toda a sogra quer ter.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Telefonam-me a perguntar se posso ir fazer de enfermeira. Imagino logo uma bata super curta, o mamalhal a saltar do decote, saltos altíssimos, seringa gigante na mão. Depois acordo e estou na novela da noite. Na verdade, a personagem era uma enfermeira cinquentona e azeda, excesso de peso, divorciada, dois filhos de dois casamentos falhados, cabelos mal pintados, dois maços de SG Gigante por dia, saídas ocasionais com amigas igualmente frustradas para casas chungas nas docas, e alcoolismo eventual. Detesto personagens planas. E detesto quando me vestem com sacas para batatas.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Percebe-se o quanto uma pessoa gosta de nós quando se acorda no meio de uma névoa, estendida no chão, e vemos a cara de pânico junto à nossa e ouvimos a voz aterrorizada a gritar o nosso nome. Também te amo muito, tonto.

domingo, 10 de julho de 2011

Uma pessoa tem trinta anos para isto?

E aí vou eu para o meu segundo dia de Alive, mais morta que viva, o corpo a dar de si, mochila recheada de coisas extremamente calóricas às costas e telefono para mamãe, 'hoje vou dormir a vossa casa, sempre fica mais perto que voltar para a minha. Não te preocupes, apanho o comboio das 3h, máximo 3h20 estou em casa'. Chego a casa, à hora prevista, e mato saudades de ficar a conversar com o meu cota na sala, altas horas, eu a chegar a casa e ele a passar pelas brasas no sofá. Às 3h44 telefona-me mamãe, do seu telemóvel, do quarto, 'mas onde é que tu andas????'. É fofinho, sim senhores.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Só duas consideraçõezinhas baratas acerca do Alive deste ano. É incrível como o sex-appeal de um baterista feioso cresce exponencialmente quando passa a vocalista. Não é a minha opinião pessoal, continua a ser mais feio que um bode, mas senti o vibe à minha volta. Segunda consideração, à pessoa que na semana passada, numa discoteca, quando eu disse qui estava pássando mau com as luzes, me respondeu que olhasse para o chão, eu respondo que ontem olhei para o chão tão de perto que tive de desmaiar. Pena foi ter algumas dezenas de milhares de pessoas à volta e estar o Tim a cantar qualquer coisa de que não me lembro. Para mim até teve uma certa graça, não foi desagradável de todo, mas acho que provoquei ligeiros avc's em cadeia nos marmanjos que sempre me acompanham nestas andanças e que, à falta de uma gaja que me desse duas chapadas, ficaram a olhar pra mim a achar que eu estava morta ou coisa assim. Giro, portanto.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Gosto de gestos dramáticos. Combinam estupidamente bem com o meu cabelo. Um 'perdoa-me' sussurrado seguido de um voltar de costas e caminhar sem me voltar para trás foi digno de ficar para a História. Mais triste foi levar dois dias para abrir uma sms. Longa e abominável. Mas o 'perdoo-te' final foi definitivamente digno do meu script.

terça-feira, 5 de julho de 2011

E então, rapaz, então porquê a raiva, se a culpa não é minha?
É só mais um dia mau. Mau. Mau. Mau.

sábado, 2 de julho de 2011

Enfadada

Batalhas. Esgotantes. Frustrantes. Na cama.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Os trintas foram a melhor coisa que me aconteceu na vida. A portar-me como se tivesse dezasseis anos há quinze dias. E até agora, tudo bem.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Nina, há 30 anos a contribuir para a manutenção de estereótipos

Hoje, ao ser fotografada para uma revista, o fotógrafo, depois de me elogiar a figura e a ossatura facial (toma!, Jeremy, o que eu tenho são maçãs do rosto altas e não bochechas de mongolóide. Humph...), perguntou-me se eu nunca tinha pensado em ser modelo, porque fotografava bem e quase não precisava de direcção e percebia as indicações à primeira. Pensei cá para comigo que isso nada tem a ver com figura ou cara, é aquela coisa... hum... falta-me a palavra... como é que se diz? ah!, inteligência. Vá, não quero ser pedante, chamemos-lhe 'compreensão da língua portuguesa'. A capacidade para juntar palavras para formarem frases e das frases tirar um sentido. Mas limitei-me a fazer um sorriso bovino, que é o que se espera de quem está a ser fotografado.

terça-feira, 28 de junho de 2011

A prova de que não sou uma pessoa ambiciosa

Estar coberta por onze mil dólares (em notas de cem), ainda que só para a fotografia, não foi particularmente agradável. As notas cheiravam mal.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Parece que o Continente acabou de comprar a Avenida da Liberdade. E isto, no meu velhinho Monopólio, ainda era coisa para custar alguns três mil escudos. Três contos de réis. Uma fortuna, portanto.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Anda uma pessoa no ginásio há nove meses a trabalhar afincadamente para manter o seu nível obsceno de percentagem de massa gorda, para no espaço de um mês reduzir a dita em cinco porcento... Tenho uma dúvida, que julgo legítima. Terá sido da quantidade de grades de cerveja acartadas? Terá sido da ingestão de parte das cervejas? Terá sido da meia garrafa de uísque? Terá sido do bagaço do Tio Esteves? Terá sido do deficit de sono? Procuro respostas.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Por outro lado, where there's a will, there is a way. Tenho três-dicas-três: pesquisa; altos investimentos; azeite gallo. Posso não dever muito à inteligência no sentido mais pragmático do termo, mas a idade não pode trazer só rugas e cabelos brancos. Há pessoas que se esquecem que enquanto vão buscar a farinha já eu comi o bolo. A única coisa que me continua a intrigar é o azeite. Mas lá chegarei. E agora vou comer qualquer coisita que o esforço intelectual abre-me o apetite.
S U C E S S O

sábado, 11 de junho de 2011

Eu que até sou uma pessoa parca em palavras

Adoro pessoas que usam reticências no lugar de vírgulas e, sobretudo, de pontos de interrogação. Adoro pessoas que andam sempre a repetir as mesmas coisas porque precisam mesmo é de se convencer a si próprias. Adoro pessoas que passam a vida fishing for compliments. Adoro pessoas que não compreendem que uma qualquer acção substitui uma vida inteira de palavras. Adoro pessoas que me mentem. Adoro mentirosos compulsivos. Adoro pessoas que passam a vida a pedir desculpa por respirarem. Adoro vítimas. Adoro pessoas que metem os pés pelas mãos.
SO FUCKING NOT!
Tirando talvez os mentirosos compulsivos. Desses gosto mesmo a sério.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Ai meu rico Santo Antoninho

Este ano não quero ser acusada que ai e tal, RP e o caraças, não te vi a fazer nada a não ser comer sardinhas e beber cervejas encostada à parede (as if...). Mas enfim, semana caótica, organizar uma festa de uma certa envergadura, tratar de uma logística gigantesca, ter a casa pejada de grades de cerveja, gastar o meu precioso tempo em chamadas telefónicas intermináveis, estar a começar a borrar-me de medo porque o número de convidados ascende a um número astronómico... Mas não, RP não dá trabalho a-b-s-o-l-u-t-a-m-e-n-t-e nenhum. Menos 2 kgs na balança, meus amigos, menos 2 kgs. E para mostrar serviço (porque o que foi feito até agora é do tipo que não se vê), lá estarei agarrada ao fogareiro, que alguém tem de pegar este touro pelos cornos.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Sentada num banco de jardim, com vista para o Tejo, à espera que as horas passem, lembrei-me de uma cena, passada neste mesmo jardim, aqui há uns meses. Parei para beber café, no sítio de sempre. Caía uma chuva miudinha. Contornei o quiosque e deparei-me com um velho, de uns cento e cinquenta anos, muito digno na sua gabardine e chapéu, que alimentava pardais. Ao passar por ele os pardais voaram uns metros. Virei-me para o velho e disse 'Desculpe, espantei os seus passarinhos'. O velho olhou-me no fundo dos olhos e respondeu-me, com um misto de surpresa pela minha ignorância e verdadeira simplicidade, sem sombra do paternalismo tão caro a certas pessoas de idade perante os jovens, 'Os pardais não são meus. Só pertencem a eles próprios'. Passado a escrito não parece uma história particularmente impactante, mas a mim, naquele momento, pela personagem, pela chuva que caía, pela maneira como o velho me olhou, pareceu-me que tinha entrado num romance de Saramago. E fugi dali a correr, sem olhar para trás.
Eu prefiro pensar que não sofro de insónias, não, tenho é um horário muito alternativo. A noite passada cruzei-me com a minha esposa na casa de banho, a uma hora obscena da madrugada. Eu, fresca como uma alface, ela no sétimo ou oitavo sono, tipo zombie, piloto automático, diz-me com a maior naturalidade e sem qualquer expressão 'estavas a matar a Diana...'. Nota 1: talvez a minha família não se aperceba da minha real função na telenovela. Que btw é nenhuma. Nota 2: desde quando é que se passou a ver a telenovela cá em casa? Nota 3: vou proibir os canais nacionais nesta casa, sobretudo antes de dormir. Causam pesadelos (e não é só a novela).

domingo, 5 de junho de 2011

Estou a modos que assim para o cansadita....

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Eu provavelmente sou a pessoa mais decente deste hemisfério. E não me orgulho particularmente disso.

Gosto de ver-te passar
Anseio por ver-te passar
Mas eu não vou,
Não vou...
Adoro ver-te gozar
Quero ver-te gozar
Mas eu não estou,
Não estou...
Eu provavelmente morro com o fim da luta
Mas se te faz feliz eu paro
E recomeço como um hobby banal
Que não nos faça tanto mal, que não nos torne mais amargos
E nos deixe sem dúvidas, eu
Provavelmente morro com o fim da luta, mas se te faz feliz...
Hoje não vamos falar
Recuso ouvir-me falar
Mas eu não sou...
Não sou...
Forte para te contestar
E tu queres ver-me gozar,
Mas eu não estou...
Não estou...
Eu provavelmente morro com o fim da luta
Mas se te faz feliz eu paro
E recomeço como um hobby banal
Que não nos faça tanto mal, que não nos torne mais amargos
E nos deixe sem dúvidas, eu
Provavelmente morro com o fim da luta, mas se te faz feliz...
Eu provavelmente morro com o fim da luta
Mas se te faz feliz eu paro
E recomeço como um hobby banal
Que não nos faça tanto mal, que não nos torne mais amargos
E nos deixe sem dúvidas, eu
Provavelmente morro com o fim da luta, mas se te faz feliz...
Eu provavelmente morro com o fim da luta...
Eu provavelmente morro com o fim da luta
Mas se te faz feliz...


Obrigada, Senhor Armando Teixeira.
Que tenho um péssimo acordar, tenho. Mas que adoro que as pessoas que amo me acordem com coisinhas fofinhas, adoro. E a pessoa que eu mais amo, a irromper-me pelo quarto, de manhãzinha, chegada de Parrrrri, sã e salva (com aviões da Air France nunca se sabe) com uma caixa de lata recheada de docinhos, para me acordar... Hum! Até lhe perdoei ter aberto a janela e ter levado com o sol nas trombas logo para abrir a pestana. E lá ficámos as duas, espojadas na minha cama de princesa, quais Marias Antonietas, a comer doces (muito próprio para dejejum) e a trocar meia de treta. E depois? Depois ela foi dormir e eu fui trabalhar. Bummer!

domingo, 29 de maio de 2011

A minha esposa gosta de parecer muito chique e foi passear para Paris e levou uma semana a escolher roupa para levar (e até a passou a ferro!!!!) e foi ao cabeleireiro e mimimimimimi. Mas eu é que sei. Bem a vi a pintar os saltos dos sapatos do chinês, já todos escavacados, com caneta de acetato preta. Pode-se tirar a pessoa da lama, mas não se pode tirar a lama da pessoa...
Conheço um montão de pessoas. Sou vista publicamente com as mais variadas pessoas, nas mais diversas ocasiões e circunstâncias. Mas sempre que apareço em qualquer lado com determinada pessoa (o que acontece, btw, uma vez por ano, tops), e isto só acontece com essa pessoa, perguntam-me invariavelmente se 'estou' com ele. E é coisa para me aborrecer. Não me irrita. Mas lá que me aborrece, aborrece.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Passados quase dois meses (tive de ir confirmar lá abaixo), encontrei. O Jorge.

E eu que pensava que já nada me surpreendia

Vai vir charters de pretos e monhés e chineses para verem o Sr. Sócrates. Incrível.

domingo, 22 de maio de 2011

Nina ama o Verão. Nina ama a praia. Nina ama o mar. Nina ama o sol. Nina só tem pena de ter marcado dois trabalhos para a mesma hora, amanhã à tarde. Mas Nina pensará nisso na praia, amanhã de manhã. Tralalá...

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Nina vence pulga por K.O.
Gostaria de dizer que foi por estratégia, planificação, argúcia. Mas não. Apenas um golpe de sorte e agilidade de movimentos.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Como é que uma pulga consegue ser um animal mais esperto que eu? E no entanto consegue. Respect!

terça-feira, 17 de maio de 2011

Finalmente, a fazer aquilo que mais gosto, e ainda por cima a ser paga por isso.

sábado, 14 de maio de 2011

Mensagem recebida ontem, tarde na noite, mas que por motivos derivados da questão de estar a servir copos só vi hoje às seis da manhã, quando saí do bar:
"E fez-se luz porque é que és a minha heroína… Além da tua beleza, charme inocente e um jeito sedutor quase infantil e menino, és uma mulher inteligente e com uma cultura muito, mas mesmo muito, acima da média… Tens um dom, és uma estilista em potencial… E acima de tudo tens a tua garra e energia muito próprias, mesmo quando em ‘baixa’, e tens a tua liberdade!".
Se um dia escrever um livro, chapo isto na contracapa, por baixo de uma fotografia minha (sem roupa). E ainda dizem que as mulheres são todas umas grandessíssimas cabras umas para as outras...

sábado, 7 de maio de 2011

Dessine-moi un mouton
Le ciel est vide sans imagination

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Deambulações pela Feira do Livro III

Decisões para este ano:
1. Comprar só os livros absolutamente necessários (apesar de todos me parecerem absolutamente necessários);
2. Comprar só em stands de alfarrabistas, livro manuseado, livros do dia, ou fora de catálogo;
3. Convencer as outras pessoas de que há obras totalmente imprescindíveis nas suas vidas, só para depois as poder pedir emprestadas.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Deambulações pela Feira do Livro II

Como é que se convence um pai que só começou a ler depois dos cinquenta, e que só lê os livros que lhe aconselham os sapientes críticos literários do Expresso, que ler 'A Arte da Guerra' é fundamental não só para a sua cultura literária, como para a sua existência?

Deambulações pela Feira do Livro I

Uma pessoa mais pobre que Jó, como eu, a passear uma tarde inteira pela Feira do Livro é mais ou menos a mesma coisa que sentar uma criança sudanesa a uma mesa farta de iguarias e prender-lhe as mãos à cadeira. O que me vale é que encontrei mamãe por acaso e lá a convenci a pagar-me uma fartura. Salvou-se a tarde.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Estou eu extremamente preocupada com os gordos da tv e acorda-me a minha esposa, pela manhã, em alvoroço, a dizer que estamos em alerta nuclear. I couldn't care less. Os gordos, pá, os gordos! Os gordos é que é!

Always look on the bright side of life

Eu sou a maior compradora (não necessariamente consumidora gastronómica) de arroz trinca do distrito de Lisboa. O espantoso era a cara de parvo do menino da caixa do Mini, enquanto passava os meus quilos e quilos de arroz. ‘Aaah, para que é que isto serve? Nunca tinha visto... É para comer?’. A minha boca disse ‘é usado como comida para cão’. O meu cérebro registou ‘desvantagens de não frequentar o ensino universitário: ir para caixa do minipreço; vantagens de não frequentar o ensino universitário: nunca ter comido na cantina velha’.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

E aprendi que a única coisa que se deve temer é o medo. Lesson learned.

domingo, 24 de abril de 2011

'Só não se criam lá elefantes porque não é a época deles.'

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Agradeço sinceramente à minha família ter-me deixado sozinha na Páscoa. Mais uma vez. O ano passado fui compreensiva. Este ano sou teimosa. Eu, uma gata e uma casa assombrada. Parte II. Se sobreviver conto.

terça-feira, 19 de abril de 2011

A minha incrível resistência às drogas e a maneira como me atingem como uma marretada entre os olhos quando finalmente fazem efeito, têm-me valido gratas alegrias. A última das quais foi ter um dente t-o-t-a-l-m-e-n-t-e arranjado a sangue frio (apesar dos meus veementes, pelo menos a mim pareceram-me bastante veementes, protestos) e uma anestesia que me fez desaparecer metade da cara durante duas horas e que me atingiu como uma chicotada no exacto momento em que a minha dentista, essa sádica demente, me diz 'prontinho! podes bochechar e dar o baza'. Foda-se, foda-se, foda-se.
Tenho um corpinho que foi feito para o pecado, benzódeus.

domingo, 17 de abril de 2011

Tive o primeiro sobressalto quando percebi que nem todos os jogadores de futebol eram já mais velhos que eu. Mas passou. A seguir foi um safanão. Gajos que eram cromos que eu colava nas cadernetas da bola das épocas do meio dos anos 90, com penteados de mau gosto e cara de broncos, são agora respeitados e barrigudos treinadores de futebol. Confesso que me deu para hiperventilar. Mas ter um candidato a PM que me lembro CLARAMENTE de ser um jotazinho promissor, mas ainda imberbe, um beto do pior, é certo, mas sem dúvida um rapaz novo, acaba definitivamente comigo.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

A minha vida é tão absurda, mas tão absurda, que se qualquer outra pessoa me contasse certas histórias eu achava que era coisa de esquizofrénico...
A minha já de si fraca inteligência social ainda é capaz de me dizer o que é que significa alguém convidar-me para um café, para jantar, para ir ao cinema, prós copos, à praia, para ir comer bifanas e beber imperiais... Já alguém que me convida para ir passear ao Rio de Janeiro, deixa-me um bocadinho, vá, como dizer isto, intrigada?

sábado, 9 de abril de 2011

Declaro oficialmente aberta a época de dormir nua.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

De maneiras que eu tenho um problema grave de megalomania, não sei fazer as coisas pela metade, tenho aspirações de grandeza que me ultrapassam. E muito. Mas voltando um pouco atrás. Há dois anos sonhei fazer da minha varanda o jardim mais florido deste bairro. Neste espaço de tempo, afoguei um cacto, fiz apodrecer duas orquídeas e matei à sede uma hera. Não tenho grande habilidade para a jardinagem, admito. Mas sou de ideias fixas. Pedinchei à minha mãe, durante dois anos, pelo natal, pelos anos, pelo dia da criança, quando fui arrancar o último dente do siso, que me oferecesse uns vasinhos daqueles que se prendem às varandas, que era para fazer a coisa como deve ser. Nada. Mas para grandes males grandes remédios; há que apelar. E ninguém domina como eu a arte da vitória pelo cansaço. Mamãe lá me comprou os vasos. E aí fui eu, pazinha numa mão, tesoura de podar na outra, atacar o pequeno jardinzinho de mamãe. Trouxe plantas a dar com um pau. Um hectare de varanda era coisa para não chegar. Tenho flores, tenho ervas aromáticas, tenho arbustos. Viajar de comboio com sacos gigantes de vasos e plantas e mudas tem a sua graça. Ainda que seja ligeiramente embaraçoso. Mas o meu ânimo ainda estava em altas. Comprei terra, dediquei-me em grande à delicada tarefa de tirar dali, pôr aqui. Deixei de poder sair para a varanda. Não havia espaço. Balanço até agora, passados que estão três dias: um poejo morreu (completamente morto), as sardinheiras estão a ficar para o amarelado, a dama da noite parece-me pouco viçosa, a hortelã está murcha e o physalis parece-se com um ponto de interrogação. A minha reforma agrária está completamente arruinada. Sou uma nódoa, uma nulidade, tenho um L gigante na testa, sou uma assassina confessa de criaturas verdes e lindas e bem cheirosas (pelo menos cheiravam bem no domingo). A vantagem é que já posso sair outra vez para a varanda.

Se há uma coisa que eu não temo é perder o emprego

Diz que isto vem tudo por aí abaixo com as trombetas de Jericó. Medo. Pânico. Horror. Tss, tss... Quanto a mim, agora é que vai começar a puta da loucura. E no melhor dos sentidos, pois claro.

domingo, 3 de abril de 2011

Venho eu para casa depois de anoitecer, para me confundir com as sombras (razões a explicar posteriormente), e tenho de levar com as putas de S. Paulo, cada uma na sua esquina, como é de lei, a ouvirem o relato da bola nas suas telefonias a pilhas. Há lá coisa mais sexy? Por acaso há, o facto de terem todas mais de sessenta anos e se terem esquecido TODAS de vestir a saia.

terça-feira, 29 de março de 2011

sexta-feira, 25 de março de 2011

terça-feira, 22 de março de 2011

Quando eu trabalhava em call centers não era bem esta a formação que nos davam...

O que eu detesto: que a PT brinque com os meus sentimentos (ter mais de 200 gravações na box e ir tudo com o caralho em menos de um fósforo, só para dar um exemplo). O que eu adoro: que a PT me ande a oferecer mensalidades mês após mês para me compensar dos vários incómodos, ou nas palavras dos próprios, 'considere isto como um miminho'. Miminho??? WTF?!

quarta-feira, 16 de março de 2011

Post dedicado a uma pessoa em particular, mas que pode ser usado como tutorial pela audiência em geral

Tenho uma amiga que um dia destes se dirigiu ao médico para pedir uma receita de determinado medicamento. O médico, como sabe que a minha amiga é uma pessoa despreconceituosa, perguntou se a minha amiga não se importava que fosse genérico. E genérico passou. Tão feliz se sentiu a minha amiga que nem percebeu que a receita era de uma caixa de 20 comprimidos, que isto é à vontade, mas não é à vontadinha. A minha amiga sai do médico e dirige-se, lesta e escorreita, à farmácia mais próxima. A farmacêutica diz ‘lamento, esta receita é de 20 comprimidos e só temos caixas de 60, não posso aviar’. A minha amiga amaldiçoa mentalmente o zelo da farmacêutica e a avareza do médico. ‘Se quiser posso encomendar’. A minha amiga faz um sorriso amarelo e diz que não vale a pena, que vai a outra farmácia. A minha amiga detesta pessoas zelosas, mas gananciosas. E dirige-se à segunda farmácia, já menos lesta. ‘Lamento, só tenho embalagens de 60 comprimidos. Mas se não se importar de pagar sem ser comparticipado…’. Estamos a falar de menos de dois euros (genérico), pelo que a minha amiga faz um sorriso nada amarelo e diz que sim, que não tem problema. Como a farmacêutica não vendeu a caixa receitada devolve a receita. E como Lisboa deve ter algumas centenas de farmácias e nenhuma delas tem caixas de 20 comprimidos, os grandes malandros, a minha amiga vai repetindo a brincadeira nos dias subsequentes (as receitas têm validade de 10 dias e a minha amiga quer fazer render a coisa o mais que puder). Mas como os farmacêuticos são pessoas extremamente atenciosas e prestáveis, a páginas tantas alguém lhe diz, ao devolver a receita, ‘como vai levar a receita, e esse medicamento só se pode vender com receita médica, guarde lá em casa, porque mesmo que passe o prazo, apresentando a receita vendem-lhe na mesma, ainda que sem a comparticipação’. De maneiras que a minha amiga tem uma receita virtualmente vitalícia, de um medicamento que até tem um certo valor no mercado paralelo (não perguntei à minha amiga como é que ela sabia isto). Se a minha amiga fosse uma pessoa com olho para o negócio já estaria rica, mas como não é tem SÓ um armazenamento inesgotável dos seus rebuçadinhos favoritos. A minha amiga, todos os dias antes de se deitar, faz uma pequena oração de louvor a todas as pessoas prestáveis e ingénuas deste país.
A minha esposa trava uma batalha antiga comigo. Batalha essa perdida, por muito que ela não queira reconhecê-lo. Os meus amigos são todos uns porcos, uns bêbados, uns mal-cheirosos. Mas o pior de tudo é que parece que não usam telemóvel, porque passam a vida a tocar-me à porta ou a gritar por mim da rua. Coisa que a enfurece particularmente quando eu não estou cá. 'Mas porque é que eles não telefonam, porra????'. Eu cá acho giro. E as pessoas não são obrigadas a ter saldo no telemóvel. Aqui há uns tempos foi um fulano, que ainda estou para descobrir quem foi, que achou engraçado gritar por mim, deviam ser aí umas duas da manhã de uma terça-feira. Normalmente a essa hora eu ainda estou acordada e ela já está a dormir, mas nesse dia em particular, por razões que agora não vêm ao caso, eu dormia o sono dos justos e ela trabalhava ao computador. Daí que é interrompida por alguém que me chamava em altos berros, por baixo da minha janela, não pelo meu nome, mas pelo meu apelido (o que por um lado reduz bastante as possibilidades, porque o número de pessoas que me tratam pelo apelido em vez de pelo nome não é muito elevado, mas por outro envergonha-me perante a rua inteira, porque Nina podia ser outra qualquer, mas um apelido como o meu não há muitos). Resultado: uma data de vizinhos em pijama à janela, a minha esposa mais enfurecida que nunca, eu a dormir regalada e um bêbado frustrado e possivelmente rouco. Mas perdoem-me, divago. O que queria mesmo dizer é que a minha querida esposa tem rasgos de génio. Por vezes ascende aos píncaros da iluminação. A última: 'Os teus amigos são mesmo uns estúpidos, uns boçais, uns brutos. Vêm para aí tocar à porta a qualquer hora do dia ou da noite. Já não os posso aturar. E o pior é que têm mau gosto, não têm uma noção de estilo que seja. Um destes dias era um gajo com um colete amarelo, como aqueles que usavas nas obras, a dizer censos 2011!'. MWAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH!

segunda-feira, 14 de março de 2011

Eu sou da geração à rasca, a minha gata é da geração à rasquinha....

Sim, eu sei que passei uma semana fora. Sim, eu sei que voltei para casa, larguei as malas e voltei a sair quase a seguir, para a manifestação. Sim, eu sei que a Poppy estava amuada comigo, porque esteve mais que tempos escondida no seu spot, saiu para olhar para mim como se não me conhecesse e quando a tentei agarrar para um xiiiiiiiiiiiii-coração deitou as garras para fora. Sim, eu sei que sou o ser humano mais importante e insubstituível do Universo, apesar da minha esposa tratar muito bem dela nas minhas ausências (até com muito menos displicência, devo acrescentar). Sim, eu sei que a Pops é o felino mais carente e sensível e inseguro do mundo. Sim, eu sei isso tudo. Por isso é que não era preciso cagar (QUATRO ENORMES POIAS, PORRA!) no meio da sala, just to make her point. O que vale é que vinha da manifestação insuflada de tolerância, por isso, por esta vez, vá, passa...

sábado, 12 de março de 2011

Viajei 300 km para estar aqui hoje. Tenho trabalho para entregar e para mim as horas são preciosas, os minutos são preciosos, os segundos são preciosos. Deram-me um prazo até segunda-feira à hora de almoço, mas como segunda tenho de estar a trabalhar noutro sítio, a uma hora obscena da madrugada, o prazo auto-encolheu-se para domingo à noite. E se até segunda à hora de almoço não chegava nem para metade do que tenho de fazer, domingo à noite prolongar-se-à, provavelmente, até à hora obscena da madrugada de segunda-feira, a que tenho de sair de casa. Porque se não trabalhar não ganho. Mas é exactamente por isso que vou sair para a rua, não tarda. Porque sou freelancer, porque sou trabalhadora independente, porque sou empresária de mim própria. Bullshit! Na verdade, estou-me bem a cagar para a luta, para a revolução, para a manifestação, para os ideais, para a igualdade, para a distribuição da riqueza, para o caralho. Na verdade, só queria ser rica, muito rica, mais rica que os outros todos e comprar este país, pessoas e bens incluídos. A primeira medida era atirar todos os membros do actual governo e respectivas entourages da Rocha Tarpeia. Todos menos um, obviamente. Ao nosso querido Primeiro, reservava-lhe uma sobredosagem de Viagra e obrigava-o a enrabar os seus queridos filhos, em directo em todas as televisões, ininterruptamente, durante uns dois ou três dias. Porque é exactamente isso que ele tem andado a fazer à filha do meu pai, há bem mais que um par de dias. Depois, esgotadinho, lá podia seguir os outros, penhasco abaixo. E é por isso que fiz 300 km para estar aqui hoje. Porque na verdade não nos resta fazer mais nada. Não vou ganhar o euromilhões e poder mandar as pessoas de quem não gosto para casa da mãe com a cona às costas. Não vou ter um emprego digno e que me dê estabilidade e segurança. Não vou ter nada. Vou continuar a ter mil trabalhos, sem fins de semana, férias ou feriados, apenas para ter uns trocos para sobreviver. E não me interessa se serão cem mil, ou dez mil, ou três pessoas. Para isso fiz 300 km hoje. Para estar aqui.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Ar gelado, sol escaldante

Nina acaba de inaugurar a sua época balnear, de toalhinha estendida na relva à beira da piscina, bikini obsceno e sweat polar dobrado para deitar a cabeça.

quarta-feira, 9 de março de 2011

A solução para todos os meus problemas

É uma dieta de engorda. À razão de uns dois quilos por dia. E traga-me mais uma fatia desse bolo, se faz favor!

quinta-feira, 3 de março de 2011

Depois de vinte e três, quase vinte e quatro, anos de convivência, a minha esposa descobre hoje que sou ligeiramente estrábica do olho direito... Muito fofo. E extremamente moralizador, à véspera do meu primeiro directo on national tivi. Sempre oportuna, benzádeus... Dasse!

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Se mais alguém me diz que estou 'tão magrinha!' juro que cometo uma loucura. Na via das dúvidas vão checando o Correio da Manhã.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Para toda essa gente que acha que eu sou uma princesinha de nariz empinado com tiques de diva, experimentem passar dois minutos com uma tal de apresentadora de tv de voz esganiçada, que era de um canal e agora é de outro. Com as câmaras desligadas. Para verem o que é bonito.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Podia estar noutro sítio qualquer, mas estou em Álcacer do Sal, sentada num muro, a olhar para o rio...

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Uma pessoa diz-me que sou a mais mulher delas todas. Que as outras são só miúdas a porem-se em bicos dos pés. Que sou fantástica, maravilhosa, que espalho magia à minha volta, que sou a pessoa por quem esperou toda a vida. Enfim, nada de novo nem especialmente empolgante. A verdade é que não estou disponível e estou feliz como estou. Se já o respeitava como pessoa, agora respeito-o ainda mais como homem, pela coragem e pela franqueza. Mas o curioso, curioso, é terem-mo dito na mesma semana em que outra pessoa, numa conversa igualmente franca, me disse 'tenho muito medo de ficar como tu', as in 'doente da cabeça'. E é isto.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Ontem mandaram entregar um ramo de flores lindíssimo (e caríssimo) cá em casa. O bilhete só tinha o nome da minha esposa e vinha assinado por 'um amigo'. Hoje descobre-se que foi enviado por um actor conhecidérrimo que tem a mania que é alternativo, mas na verdade é só mesmo é gay... What's the fucking point?? Juro que não percebo.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O meu barómetro está a prever sarilhos...

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Podia estar noutro sítio qualquer, mas estou na Alameda, numa casa vazia, a olhar para as paredes...

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Podia estar noutro sítio qualquer, mas estou na Reboleira, numa casa vazia, a olhar para as paredes...

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Nina, para a sua amiga fufa 'Acho que estou apaixonada por esta miúda' e mostra foto no FB. 'Tem o seu quê, tem'. 'Mas tem namorado'. 'Isso não quer dizer nada. Manda um ganda vibe lésbica. E não hetero'. Ihihihihihihihihih!

sábado, 12 de fevereiro de 2011

É incrível a cultura popular que se adquire na tasca, única mulher rodeada por homens cuja média de idades deve andar nos 70 anos.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Se há um monte de coisas que ainda posso vir a ser na vida, magra nunca será uma delas. Sou mais para o cavalona, dizem os ignaros, uma amazona, dizem os poetas, voluptuosa, digo eu. Por isso, é favor pararem de dizer que eu estou esquelética!!!!!!!

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Toda a gente vê aquilo que eu bebo, mas ninguém SABE* a sede que eu tenho.











* Satisfeito, purista dum cabrão?

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Back to basics

Hoje acordei ruiva. Muito. Medo!

domingo, 30 de janeiro de 2011

Há muito tempo atrás, uma tarde de sábado, recebi uma visita surpreendente, embora não inesperada. Fazia calor e eu lembro-me que tinha vestidos apenas um top preto de alças e umas calças, também pretas, e estava descalça. O meu cabelo, sempre tão selvagem, tinha acordado estranhamente obediente e estava solto, a bater-me no rabo. Abri a porta e mandei-o entrar. Ele sentou-se no sofá, eu sentei-me no chão. Bebemos umas cervejas, fumámos uns cigarros, tocámos-nos. Ele tinha pressa, levantou-se para sair. Lembro-me da sensação de awkwardness, os dois de pé, no meio da sala, o silêncio desconfortável, as palavras de circunstância, e eu apenas a fazer o que faço melhor, a dizer tolices. Finalmente saiu, mas já na escada hesitava. Não sei o que me passou pela cabeça. Por uma vez na vida, perdendo o meu sempre tão fiel auto-controlo, puxei-o por um braço, fechei a porta atrás dele e encostei-o com força à parede. O que se passou a seguir ele o saberá, eu não tenho a certeza. Minutos, segundos? Quando caí em mim, gritei-lhe que se pusesse na rua. Foi um dos momentos mais frustrantes da minha vida, mas também, esteticamente, um dos mais perfeitos. Se fosse hoje, fazia igual, nem menos, nem mais, porque a perfeição não pode ser acrescentada.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Como é que me consegui embebedar ainda antes de jantar?

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

És a minha pessoinha. Não escolheria viver com mais ninguém. Mas agora mexe esse cu e vai fazer-me o jantar!

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

A diferença entre o fracasso e a eficácia

é VALIUMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM!

Nota explicativa: fracasso é inventar tangas e sair do consultório com kainever, eficácia é pedir valium e sair do consultório com valium. Tenho um gosto especial por produtos gourmet.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Nietzsche, Nietzsche, eras um porreiro, pá

E um fixe. E um optimista. E um gajo cheio de vigor e joie de vivre. Atentemos, pois, no génio e eloquência expressos nestas opiniões tão auspiciosas, para começar um novo ano:
Qual a melhor coisa que pode acontecer à humanidade?
'Era nunca ter nascido.'
Er... Então e a segunda melhor coisa que pode acontecer à humanidade?
'É morrer depressa.'
Cheers!