terça-feira, 29 de março de 2011

sexta-feira, 25 de março de 2011

terça-feira, 22 de março de 2011

Quando eu trabalhava em call centers não era bem esta a formação que nos davam...

O que eu detesto: que a PT brinque com os meus sentimentos (ter mais de 200 gravações na box e ir tudo com o caralho em menos de um fósforo, só para dar um exemplo). O que eu adoro: que a PT me ande a oferecer mensalidades mês após mês para me compensar dos vários incómodos, ou nas palavras dos próprios, 'considere isto como um miminho'. Miminho??? WTF?!

quarta-feira, 16 de março de 2011

Post dedicado a uma pessoa em particular, mas que pode ser usado como tutorial pela audiência em geral

Tenho uma amiga que um dia destes se dirigiu ao médico para pedir uma receita de determinado medicamento. O médico, como sabe que a minha amiga é uma pessoa despreconceituosa, perguntou se a minha amiga não se importava que fosse genérico. E genérico passou. Tão feliz se sentiu a minha amiga que nem percebeu que a receita era de uma caixa de 20 comprimidos, que isto é à vontade, mas não é à vontadinha. A minha amiga sai do médico e dirige-se, lesta e escorreita, à farmácia mais próxima. A farmacêutica diz ‘lamento, esta receita é de 20 comprimidos e só temos caixas de 60, não posso aviar’. A minha amiga amaldiçoa mentalmente o zelo da farmacêutica e a avareza do médico. ‘Se quiser posso encomendar’. A minha amiga faz um sorriso amarelo e diz que não vale a pena, que vai a outra farmácia. A minha amiga detesta pessoas zelosas, mas gananciosas. E dirige-se à segunda farmácia, já menos lesta. ‘Lamento, só tenho embalagens de 60 comprimidos. Mas se não se importar de pagar sem ser comparticipado…’. Estamos a falar de menos de dois euros (genérico), pelo que a minha amiga faz um sorriso nada amarelo e diz que sim, que não tem problema. Como a farmacêutica não vendeu a caixa receitada devolve a receita. E como Lisboa deve ter algumas centenas de farmácias e nenhuma delas tem caixas de 20 comprimidos, os grandes malandros, a minha amiga vai repetindo a brincadeira nos dias subsequentes (as receitas têm validade de 10 dias e a minha amiga quer fazer render a coisa o mais que puder). Mas como os farmacêuticos são pessoas extremamente atenciosas e prestáveis, a páginas tantas alguém lhe diz, ao devolver a receita, ‘como vai levar a receita, e esse medicamento só se pode vender com receita médica, guarde lá em casa, porque mesmo que passe o prazo, apresentando a receita vendem-lhe na mesma, ainda que sem a comparticipação’. De maneiras que a minha amiga tem uma receita virtualmente vitalícia, de um medicamento que até tem um certo valor no mercado paralelo (não perguntei à minha amiga como é que ela sabia isto). Se a minha amiga fosse uma pessoa com olho para o negócio já estaria rica, mas como não é tem SÓ um armazenamento inesgotável dos seus rebuçadinhos favoritos. A minha amiga, todos os dias antes de se deitar, faz uma pequena oração de louvor a todas as pessoas prestáveis e ingénuas deste país.
A minha esposa trava uma batalha antiga comigo. Batalha essa perdida, por muito que ela não queira reconhecê-lo. Os meus amigos são todos uns porcos, uns bêbados, uns mal-cheirosos. Mas o pior de tudo é que parece que não usam telemóvel, porque passam a vida a tocar-me à porta ou a gritar por mim da rua. Coisa que a enfurece particularmente quando eu não estou cá. 'Mas porque é que eles não telefonam, porra????'. Eu cá acho giro. E as pessoas não são obrigadas a ter saldo no telemóvel. Aqui há uns tempos foi um fulano, que ainda estou para descobrir quem foi, que achou engraçado gritar por mim, deviam ser aí umas duas da manhã de uma terça-feira. Normalmente a essa hora eu ainda estou acordada e ela já está a dormir, mas nesse dia em particular, por razões que agora não vêm ao caso, eu dormia o sono dos justos e ela trabalhava ao computador. Daí que é interrompida por alguém que me chamava em altos berros, por baixo da minha janela, não pelo meu nome, mas pelo meu apelido (o que por um lado reduz bastante as possibilidades, porque o número de pessoas que me tratam pelo apelido em vez de pelo nome não é muito elevado, mas por outro envergonha-me perante a rua inteira, porque Nina podia ser outra qualquer, mas um apelido como o meu não há muitos). Resultado: uma data de vizinhos em pijama à janela, a minha esposa mais enfurecida que nunca, eu a dormir regalada e um bêbado frustrado e possivelmente rouco. Mas perdoem-me, divago. O que queria mesmo dizer é que a minha querida esposa tem rasgos de génio. Por vezes ascende aos píncaros da iluminação. A última: 'Os teus amigos são mesmo uns estúpidos, uns boçais, uns brutos. Vêm para aí tocar à porta a qualquer hora do dia ou da noite. Já não os posso aturar. E o pior é que têm mau gosto, não têm uma noção de estilo que seja. Um destes dias era um gajo com um colete amarelo, como aqueles que usavas nas obras, a dizer censos 2011!'. MWAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH!

segunda-feira, 14 de março de 2011

Eu sou da geração à rasca, a minha gata é da geração à rasquinha....

Sim, eu sei que passei uma semana fora. Sim, eu sei que voltei para casa, larguei as malas e voltei a sair quase a seguir, para a manifestação. Sim, eu sei que a Poppy estava amuada comigo, porque esteve mais que tempos escondida no seu spot, saiu para olhar para mim como se não me conhecesse e quando a tentei agarrar para um xiiiiiiiiiiiii-coração deitou as garras para fora. Sim, eu sei que sou o ser humano mais importante e insubstituível do Universo, apesar da minha esposa tratar muito bem dela nas minhas ausências (até com muito menos displicência, devo acrescentar). Sim, eu sei que a Pops é o felino mais carente e sensível e inseguro do mundo. Sim, eu sei isso tudo. Por isso é que não era preciso cagar (QUATRO ENORMES POIAS, PORRA!) no meio da sala, just to make her point. O que vale é que vinha da manifestação insuflada de tolerância, por isso, por esta vez, vá, passa...

sábado, 12 de março de 2011

Viajei 300 km para estar aqui hoje. Tenho trabalho para entregar e para mim as horas são preciosas, os minutos são preciosos, os segundos são preciosos. Deram-me um prazo até segunda-feira à hora de almoço, mas como segunda tenho de estar a trabalhar noutro sítio, a uma hora obscena da madrugada, o prazo auto-encolheu-se para domingo à noite. E se até segunda à hora de almoço não chegava nem para metade do que tenho de fazer, domingo à noite prolongar-se-à, provavelmente, até à hora obscena da madrugada de segunda-feira, a que tenho de sair de casa. Porque se não trabalhar não ganho. Mas é exactamente por isso que vou sair para a rua, não tarda. Porque sou freelancer, porque sou trabalhadora independente, porque sou empresária de mim própria. Bullshit! Na verdade, estou-me bem a cagar para a luta, para a revolução, para a manifestação, para os ideais, para a igualdade, para a distribuição da riqueza, para o caralho. Na verdade, só queria ser rica, muito rica, mais rica que os outros todos e comprar este país, pessoas e bens incluídos. A primeira medida era atirar todos os membros do actual governo e respectivas entourages da Rocha Tarpeia. Todos menos um, obviamente. Ao nosso querido Primeiro, reservava-lhe uma sobredosagem de Viagra e obrigava-o a enrabar os seus queridos filhos, em directo em todas as televisões, ininterruptamente, durante uns dois ou três dias. Porque é exactamente isso que ele tem andado a fazer à filha do meu pai, há bem mais que um par de dias. Depois, esgotadinho, lá podia seguir os outros, penhasco abaixo. E é por isso que fiz 300 km para estar aqui hoje. Porque na verdade não nos resta fazer mais nada. Não vou ganhar o euromilhões e poder mandar as pessoas de quem não gosto para casa da mãe com a cona às costas. Não vou ter um emprego digno e que me dê estabilidade e segurança. Não vou ter nada. Vou continuar a ter mil trabalhos, sem fins de semana, férias ou feriados, apenas para ter uns trocos para sobreviver. E não me interessa se serão cem mil, ou dez mil, ou três pessoas. Para isso fiz 300 km hoje. Para estar aqui.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Ar gelado, sol escaldante

Nina acaba de inaugurar a sua época balnear, de toalhinha estendida na relva à beira da piscina, bikini obsceno e sweat polar dobrado para deitar a cabeça.

quarta-feira, 9 de março de 2011

A solução para todos os meus problemas

É uma dieta de engorda. À razão de uns dois quilos por dia. E traga-me mais uma fatia desse bolo, se faz favor!

quinta-feira, 3 de março de 2011

Depois de vinte e três, quase vinte e quatro, anos de convivência, a minha esposa descobre hoje que sou ligeiramente estrábica do olho direito... Muito fofo. E extremamente moralizador, à véspera do meu primeiro directo on national tivi. Sempre oportuna, benzádeus... Dasse!