terça-feira, 30 de março de 2010

Cortei o cabelo (obrigada, Fernando, amo-te de paixão), fui às tatuagens, fiz compras, já fiz e desfiz a mala 8 vezes e agora estou a anhar. Só devia chegar a casa daqui a meia hora, mas férias das actividades extra-laborais é isto. Tanto tempo livre e nada para fazer com ele.....................................................

segunda-feira, 29 de março de 2010

É de mim, ou hoje está tudo com um ligeiro jet lag?

E agora a quem é que eu conto estas ninharias?

Se houvesse uma fotografia no dicionário ao lado de "distraída" seria a minha. Ou isso ou "destrambelhada", "idiota", "imprevidente" ou mesmo "completamente estúpida". Eu sei que uma da tarde a um domingo é um pouco cedo para mim, mas em Roma sê romana, e lá estou eu, em casa de mamãe e papai, passo pela cozinha e arranco para a sala, achando que não está lá ninguém, copo de sumo de laranja numa mão e jornal de ontem na outra. Só oiço uma voz que me faz gelar "O que é que é isso?". Ainda nem levantei os olhos do jornal e já sei para onde é que papai está a olhar. Os dois, sentadinhos no sofá, um a ler o jornal e outro a ler um livro. O meu pai nunca, mas nunca, levanta os olhos do que está a ler e teve de ser logo hoje. Sigo o olhar dele até ao meu punho erguido, impante de triunfo. O meu cérebro já está a mil, estou a balbuciar desculpas mentais, e ainda nem passou um milésimo de segundo. Não, não, NÃO! Isto não é o que parece, isto é apenas uma mão que segura um copo, e a manga está arregaçada até ao cotovelo porque faz calor, não é uma provocação, não foi só para tu olhares, nem sabia que estavas aí, nem imaginava que ias olhar para mim, estás sempre tão distraído, eu não...... STOP. Já passaram duas milésimas de segundo e eu tenho de dizer qualquer coisa. E rápido. Não tenho escolha, não dá para manipular, é demasiado óbvio o que é. "É uma tatuagem". "Tens isso desde quando?". "Aaaaaaaaaa... Fiz há pouco tempo". "Mostra lá. Diz o quê?". Mostro, digo. Pronto. Só isso. Ufffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffff......... Estás a ficar mole, paizinho! :D

domingo, 28 de março de 2010

Mas não é óbvio???

Estou eu muito descansada na minha vidinha e alguém me adiciona no msn. Como conheço milhões de pessoas e nunca tenho bem a certeza de me lembrar dos nomes de todas aceito a criatura. É uma gaja. Mete logo conversa. "Oi". "Oi. Eu conheço-te?". "Tudo bem? Penso que não". "Ah. E adicionaste-me porque...?". "Sou personal trainer. Para saber se precisas de acompanhamento". "Ahahahahahahah! Claro, Cátia. Adeus, Cátia!!".

quinta-feira, 25 de março de 2010

MAS PORQUE É QUE TODA A GENTE ME QUER DISSUADIR DA IDEIA?????

Eu não vou emigrar, não vou para a Sibéria, nem para o Deserto do Atacama. Quatro dias, três noites, e estarei de volta sã e salva, fresca e fofa. O único perigo real, destrambelhada como sou, é fechar a porta deixando a chave por dentro, só com a roupa do corpo, e ter de caminhar 135 Km até casa. Mas hei-de sobreviver (espero), a não ser que morra de tédio, durante o dia, ou de medo, durante a noite.
Não é nada disto que eu quero, mas isto é tudo o que eu preciso.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Black

Eu sei que me lês e tu sabes que te leio. E isso basta. Dizes que gostas de mim, muito, mas não consegues atender ao único pedido que alguma vez te fiz. Esquece. Esquece que eu existo. Esquece que a minha vida continua. Esquece que alguma vez aconteceu. Esquece. Esquece. Esquece. Nunca mais. Nunca mais tentares convencer-me que o ursinho azul é verde. Nunca mais acordares com a minha voz mais suave. Nunca mais fazer-te festas até adormeceres. Nunca mais sentir aquele teu abraço apertado. Nunca mais ficar aflita porque estás completamente bezano e queres conduzir para casa. Nunca mais contares estórias para me entreteres e me fazeres sentir melhor quando estou triste. Nunca mais passeios de moto pela marginal. Nunca mais noites de copos três estarolas' style. Nunca mais agarrares-me à frente dos teus amigos porque quando estás bêbado não te consegues controlar. Nunca mais conversa mole e companhia noite dentro enquanto matas zombies. Nunca mais mostrares-me contos e poemas em primeira mão. Nunca mais a minha opinião sincera. Nunca mais pataniscas de bacalhau como remédio para a bebedeira. Nunca mais abrires os frascos que eu não consigo abrir. Nunca mais passares a noite no msn no pda e não lhe tocares mais assim que chego ao pé de ti. Nunca mais sentir-me feliz só por te ver descontraído. Nunca mais deitares-te ao meu lado e dizeres que ainda posso dormir mais uma hora. Nunca mais dormir abraçada a ti. Nunca mais encostar-te à parede e suspender-te a respiração. Nunca mais concertos. Nunca mais vídeos partilhados de metal. Nunca mais música clássica. Nunca mais confidências. Nunca mais teclar contigo enquanto conduzes. Nunca mais ires ter comigo ao trabalho para me mostrares a última moto. Nunca mais sugestões de livros e de filmes. Nunca mais nos chamares pérolas. Nunca mais contar-te trivialidades. Nunca mais fotografias minhas. Nunca mais webcams. Nunca mais a Poppy enfiada dentro dos teus ténis. Nunca mais dormires no chão da minha sala com a cabeça na varanda. Nunca mais escolher telemóveis. Nunca mais confiar em ti. Nunca mais dizeres que eu te apeteço como poucas vezes te apeteceu alguém. Nunca mais pedir-te conselhos. Nunca mais cigarros partilhados. Nunca mais dizer como te adoro e que fazes diferença na minha vida. Nunca mais fazeres promessas que não tencionas cumprir. Nunca mais mimos. Nunca mais dizer-te pela enésima vez onde fica o clandestino. Nunca mais chegares a minha casa às seis da manhã com os teus amigos. Nunca mais dizer-te como o trabalho me aborrece a meio da tarde. Nunca mais seres egoísta e eu aturar-te. Nunca mais. Nunca mais nada. Porque tu para mim morreste e eu para ti morri.

terça-feira, 23 de março de 2010

É tentar esquecer e não conseguir fugir.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Into the wild

E subitamente estou entusiasmada pelo plano de me ir enfiar numa casa velha, escura e suja, no meio de nada, completamente sozinha, durante quatro dias. O paraíso na Terra. Home. E já só faltam 10 dias!

domingo, 21 de março de 2010

O inconveniente de viver na cidade é não ter para onde fugir quando só nos apetece gritar.

sábado, 20 de março de 2010

A minha avó achava que esta sexta (dia 19) era feriado, porque é dia de S. José. Tive de lhe explicar que, para a legislação portuguesa, e contra o eventual superior interesse da criança, o pai afectivo é muito menos importante que o pai biológico.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Sei lá eu o que me apetece escrever. Sinto o peso do silêncio. E do vazio. Enorme. Mais do que tudo o resto, habituei-me a uma rotina que preenchia as minhas horas. A pessoa a quem eu dizia coisas que não digo a mais ninguém. A quem disse coisas que nunca mais direi. Porque não posso. Porque não quero. As minhas pequenas conquistas, as minhas pequenas tragédias. Tinha nela uma confiança absurda, porque inexplicável. E foi essa confiança que me distraiu.
Na vida perdem-se coisas e perdem-se pessoas. Já perdi pessoas pelas razões mais, ou menos, estúpidas, e das maneiras mais, ou menos, definitivas. A diferença é que é a primeira vez que perco uma pessoa por uma escolha minha. Saber isto não me faz mais feliz, mas dá-me a segurança da responsabilidade. É-me mais fácil apagar da minha vida a pessoa que quero do que apagar um número de telefone de alguém que está morto há 8 anos.
Numa coisa talvez tenhas razão e tenho de te dar esse crédito. Eu não te perdi. Foste tu que me perdeste a mim.

segunda-feira, 15 de março de 2010

O Tédio

Certo dia, no primeiro ano do curso, tive um pequeno momento de glória. Quando a professora chamou o meu nome e me levantei alguém me soprou ao ouvido "Lembra-te, és mortal". Uma piadinha para amantes de cultura clássica. Mas é aí que tenho vivido ever since. Sou divina, sou inalcançável, saltito pelos prados do Olimpo. Tão alto, tão alto, tão alto, que os outros me parecem pontinhos minúsculos lá em baixo. Não fui eu que escolhi. Não fui eu que escolhi. Não fui eu que escolhi. Puseram-me aí e acabei por acreditar. Sim, sou uma deusa, mas sinto-me enfadada. Os mortais conseguem ser tão boçais...
E porque é que ninguém acredita que, afinal, sou a mais humana das mulheres?

domingo, 14 de março de 2010

Poeira cósmica

A ciência está para a vida como a polícia está para as putas. Bravo.

sábado, 13 de março de 2010

Finalmente

Parecia um episódio do Miami Ink. Mas em bom.

terça-feira, 2 de março de 2010

E de repente estou outra vez a pensar em números. O maior número primo conhecido tem 12 978 189 dígitos. Alguém faz ideia do tempo, energia e paciência necessários para descobrir tal coisa? Pois, foi exactamente o que eu pensei.
O único número primo par é o 2. É fascinante saber que há um número primo par, mas infelizmente está sozinho no mundo. Parece que o 2 é um número perfeito, mas não faço ideia porquê. Em todo o caso parece-me bem, o 2 é um número especial, dizem-me. E eu que estava convencida que era o 3...