quarta-feira, 29 de julho de 2009
Se eu largar sinto a sua falta, se eu agarro ela perde a cor
Recordo a minha infância com grande saudade, porque fui muito, muito, muito, feliz. Fui um anjo loiro. Fui uma criança de uma beleza, graça, serenidade e paciência incomparáveis (tudo passa, meus amigos, tudo passa, até a uva passa). Podia passar horas e horas concentrada nas tarefas ou observações mais fúteis. Adorava caçar borboletas. A sensação de prender uma borboleta entre os dedos e senti-la a debater-se para se libertar é deliciosa e só comparável ao bater de pestanas contra a pele. Claro que só muito mais tarde é que percebi que isso dava cabo delas (não fui uma criança sádica...). Daí que um dia corri atrás de uma borboleta lindíssima durante mais que tempos, frente a uma plateia aparentemente embevecida, composta por vovó, vovô e mais uns quantos velhotes. Eu já devia estar um tanto ou quanto exasperada, de tal maneira que um dos senhores, um mudo que nunca falava com ninguém (hum... tá.... que não interagia com ninguém, melhor dizendo) se levantou, tirou o chapéu (nesse tempo e nesse sítio, os senhores mais velhos ainda usavam chapéu), apanhou a borboleta com o chapéu e ofereceu-ma. De tantos episódios da minha infância, este foi o que me veio à cabeça hoje, enquanto ouvia isto.
domingo, 26 de julho de 2009
Acho que já escrevi algures sobre o binómio mudanças + transportes públicos, mas como tenho memória curta, neste momento o meu braço está prestes a separar-se do ombro. É incrível como coisas aparentemente leves passam a pesar toneladas numa questão de minutos. Ao fim de um tempo já não se sente o peso, só a dor atroz. E a seguir à dor atroz entro em transe, numa espécie de alucinação, mas daquelas que me deixam mais lúcida que no meu estado normal, e começo, ao contrário do costume, a reparar no que me rodeia. No caminho para casa cruzei-me com um jovem chef muito in (e muito jeitoso), que me fez olhinhos, quando se devia era ter oferecido para ajudar, e um fadista famoso, irmão de outro fadista mais famoso, com um ar um bocado alucinado. Reparei também num zuca que ia pela rua fora a filmar as pedras da calçada, num velho a cheirar a mijo que estava a provocar um engarrafamento no passeio porque ninguém o conseguia ultrapassar, numa loja de porno e nuns hippies a tocarem instrumentos eléctricos (?) no meio da rua.
De maneiras que já tenho aparelhagem no quarto, do que me esqueci foi do comando....
De maneiras que já tenho aparelhagem no quarto, do que me esqueci foi do comando....
sexta-feira, 24 de julho de 2009
terça-feira, 21 de julho de 2009
domingo, 19 de julho de 2009
Razoavelmente mais feliz que nas últimas semanas. Talvez porque consegui ir à praia. Talvez porque tenho dormido mais. Talvez porque tenho tido conversas interessantes com pessoas inteligentes. Ou porque consegui, finalmente, falar contigo. Ouvir a tua voz, entrecortada pela distância. E porque rimos juntos. E fizeste as piadinhas do costume. Ou seja, tudo como sempre. Uff!
segunda-feira, 13 de julho de 2009
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Curioso
Roubado do blog anterior, dias depois de me ter despedido do call center, ainda não tinha começado à procura de casa, procurava um emprego na minha área, tinha saudades da faculdade.
Sábado, 18 de Outubro de 2008
A minha vida vai avançando por fases. Fases boas, fases menos boas, fases francamente más. Ouvir Placebo no máximo, deitada de costas no chão do meu quarto, a fumar cigarro atrás de cigarro. Fase menos boa. Os tempos dourados da faculdade. Fase muito boa. Aquela cena que aconteceu. Fase má. Ter ficado doente e arrastar-me por aí. Fase mesmo má. Ter entrado de novo para a faculdade e descobrir que já não era a mesma coisa. Fase mázita. Estar apaixonada. Fases mesmo boas! Mas o problema agora, you see, é que não sei que raio de fase é esta. É a fase não fase. Não me lembro do que fiz no último mês, o que é algo preocupante. Espero que não tenha sido merda. Nenhuma sensação, nenhuma memória, nenhuma música, nenhum cheiro. Um vazio. Talvez daqui a uns meses, em perspectiva, esta seja a fase "qualquer coisa", mas de momento é isso mesmo, o vazio. E ninguém me pode ajudar, grandes cabrões!!!
posted by Nina at 10/18/2008 02:50:00 PM 0 comments
Sábado, 18 de Outubro de 2008
A minha vida vai avançando por fases. Fases boas, fases menos boas, fases francamente más. Ouvir Placebo no máximo, deitada de costas no chão do meu quarto, a fumar cigarro atrás de cigarro. Fase menos boa. Os tempos dourados da faculdade. Fase muito boa. Aquela cena que aconteceu. Fase má. Ter ficado doente e arrastar-me por aí. Fase mesmo má. Ter entrado de novo para a faculdade e descobrir que já não era a mesma coisa. Fase mázita. Estar apaixonada. Fases mesmo boas! Mas o problema agora, you see, é que não sei que raio de fase é esta. É a fase não fase. Não me lembro do que fiz no último mês, o que é algo preocupante. Espero que não tenha sido merda. Nenhuma sensação, nenhuma memória, nenhuma música, nenhum cheiro. Um vazio. Talvez daqui a uns meses, em perspectiva, esta seja a fase "qualquer coisa", mas de momento é isso mesmo, o vazio. E ninguém me pode ajudar, grandes cabrões!!!
posted by Nina at 10/18/2008 02:50:00 PM 0 comments
terça-feira, 7 de julho de 2009
Outras vezes acho que sou eu quem sabe alguma coisa que mais ninguém sabe
Com excepção, talvez, do Manel Cruz.
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Take me or leave me
Porque sou mulher, está-me reservado o papel de apenas existir e ser adorável? Pois.
Been there, done that
Tanta inquietação, tanta frustração, tanta lágrima engolida, e afinal a resposta estava apenas a 300 km (de fios telefónicos) de distância.
- Alô
- Alô
- Então, mê amor?
- Hum…
- Que é que se passa?!
- …
- Oh, tontinha, não vês que o que te falta é um objectivo!
Uma hora e trinta e seis minutos mais tarde era uma mulher renovada. Parece que há pessoas que têm de ter sempre um objectivo, um projecto, um motivo, uma causa. Claro que para meu grande azar eu não podia ser do tipo que fica sossegadinha a olhar para as paredes da minha casa perfeita com uma cerveja na mão. Vejamos, quando era mais jovem estudava numa faculdade porreira, com gente porreira. O meu objectivo era fazer o máximo possível com o mínimo de esforço. Quando se tornou demasiado penoso, o meu objectivo passou a ser acabar aquele suplício o mais depressa possível. Foi o que fiz. Objectivo cumprido, canudo na mão, mercado de trabalho desfavorável e uma reviravolta total. Novo objectivo, novo curso, área diametralmente oposta. Desta vez apostei em ir às aulas, tudo direitinho, tirar boas notas, fazer um número estúpido de cadeiras em tempo recorde. Anos mais tarde, objectivo cumprido. Que se segue? Quero uma casa. Bairro histórico, soalho de tábuas corridas, arquitectura particular, espaço amistoso para viver e receber os amigos. Passei 5 penosos meses à procura da casa ideal. Conheci os buracos mais infectos e as casas mais perfeitas com a localização errada. Quando já tínhamos visto tudo o que havia para ver no mercado desanimámos e pensámos desistir. Eu estava farta e cansada e não havia casa que eu não tivesse visto. E, de repente, bingo! Mais um. Next: mobilar a casa perfeita com o conceito perfeito de decoração. Já está. Eu queria muito ter um gato. Também já está. E AGORA???
De qualquer das formas, identificada a causa, fiquei cheia de energia e pronta para novo desafio. Não que isto ajude muito a encontrar um novo objectivo, mas pelo menos não me sinto tão desanimada. Fazer uma viagem? Escrever um livro? Cozinhar comida saudável? Emagrecer 30 kg? Tornar-me budista? Ir salvar o rato de Cabrera? Abre-se perante os meus olhos todo um mundo de possibilidades!
- Alô
- Alô
- Então, mê amor?
- Hum…
- Que é que se passa?!
- …
- Oh, tontinha, não vês que o que te falta é um objectivo!
Uma hora e trinta e seis minutos mais tarde era uma mulher renovada. Parece que há pessoas que têm de ter sempre um objectivo, um projecto, um motivo, uma causa. Claro que para meu grande azar eu não podia ser do tipo que fica sossegadinha a olhar para as paredes da minha casa perfeita com uma cerveja na mão. Vejamos, quando era mais jovem estudava numa faculdade porreira, com gente porreira. O meu objectivo era fazer o máximo possível com o mínimo de esforço. Quando se tornou demasiado penoso, o meu objectivo passou a ser acabar aquele suplício o mais depressa possível. Foi o que fiz. Objectivo cumprido, canudo na mão, mercado de trabalho desfavorável e uma reviravolta total. Novo objectivo, novo curso, área diametralmente oposta. Desta vez apostei em ir às aulas, tudo direitinho, tirar boas notas, fazer um número estúpido de cadeiras em tempo recorde. Anos mais tarde, objectivo cumprido. Que se segue? Quero uma casa. Bairro histórico, soalho de tábuas corridas, arquitectura particular, espaço amistoso para viver e receber os amigos. Passei 5 penosos meses à procura da casa ideal. Conheci os buracos mais infectos e as casas mais perfeitas com a localização errada. Quando já tínhamos visto tudo o que havia para ver no mercado desanimámos e pensámos desistir. Eu estava farta e cansada e não havia casa que eu não tivesse visto. E, de repente, bingo! Mais um. Next: mobilar a casa perfeita com o conceito perfeito de decoração. Já está. Eu queria muito ter um gato. Também já está. E AGORA???
De qualquer das formas, identificada a causa, fiquei cheia de energia e pronta para novo desafio. Não que isto ajude muito a encontrar um novo objectivo, mas pelo menos não me sinto tão desanimada. Fazer uma viagem? Escrever um livro? Cozinhar comida saudável? Emagrecer 30 kg? Tornar-me budista? Ir salvar o rato de Cabrera? Abre-se perante os meus olhos todo um mundo de possibilidades!
sexta-feira, 3 de julho de 2009
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Há o jantar de curso e há a elite
Ainda bem que só há gummi bears de 5 cores - azul, amarelo, verde, laranja, vermelho.
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