quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Eu posso ter uma lógica um bocado parva. Mas é lógica. E sou pragmática. E detesto crianças. Pronto, detesto aquelas crianças cujos progenitores deviam ter sido esterilizados antes da puberdade. 'Importas-te de ir mergulhar um bocadinho mais para longe, amorzinho? É que estás a molhar-me...'. É claro que a peste está a fazer de propósito, mas eu finjo que não percebo. Aproxima-se uma mãe a escorrer azeite, histriónica, 'quem manda no meu filho sou eu, blablabla, se está na beira da piscina, blablabla, leva com salpicos, blablabla'. Só para confirmar pergunto à maezinha se está ela própria à beira da piscina. Que sim. Se está sequinha. Que sim. Se está quente do sol. Que sim. Só mesmo para confirmar. Mergulho espalhafatoso. Sorriso triunfante ao ver toda a parte da frente da azeiteira a pingar, com o rímel a escorrer cara abaixo. Parece que é lógico. Para quem está à beira de uma piscina. Lógico.
A estranha sensação de que moveram o meu mundo coisa aí de uns vinte metros para o lado. Mas por mim tudo bem.

sábado, 25 de agosto de 2012

Nina Jackass

Atravessar a cidade. Às quatro da manhã. Sozinha. À chuva. Com um gato ao colo. Estúpido. Demasiado estúpido.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Um mês e dois dias depois, e porque hoje levei duas chapadas bem dadas e mais que merecidas, queria só dizer em minha defesa que se a tua família é totalmente italiana, a minha é totalmente escandinava. E um grande otário continua a ser um grande otário. Mas prometo que amanhã enterro o machado de guerra e tento entrar em conversações. Pacíficas. Porque não deixas de ter razão. E porque sessenta anos de otarice sempre devem dar mais direitos que trinta de palermice. Last call. Último sapo. Se não der, que se foda. Mas o teu amor obriga-me a fazer promessas destas. Afinal quem é o otário/a?

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Norma Jeane, Norma Jeane, se não tivesses morrido aos 36 anos com uma OD de 45 comprimidos de Nembutal, tinhas morrido aos 50 com um cancro do fígado. Acredita no que te digo.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Quem nunca lavou os pés num lava-loiças que atire a primeira pedra.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Estou quatro ou cinco dias sem ver televisão e o que é que eu perdi? O que é que se passou no país e no mundo? Diz-me a minha esposa que um tarado qualquer jogou um balde de álcool para dentro de um elevador onde estavam três pessoas e lhes puxou fogo. Parece que foi só. Ou isto é a silly season ou a minha esposa é muito selectiva com as notícias.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Raixpartamobloggermaizotelemóvel

Depois de uma longa bulha pela aparente (mas recém adquirida) incompatibilidade entre o meu telemóvel querido e o meu bló fofinho, acabei de me aperceber que posso mandar publicar postas através do e-mail. Não que seja muito relevante. Porque não tenho nada para dizer. Mas durmo muiiiiito mais descansada.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

O que eu adoro que me mandem recadinhos por pessoas de lágrima fácil. Diz que anda muito triste. Rainha do drama...

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

When you're a kid

Quando somos miúdos há uma data de coisas que nos estão interditas. Tipo piadas, públicas e privadas, e histórias e coisas parvas em geral. Depois passado um tempo contam-nos e não percebemos muito bem qual era a grande graça, ou porque realmente não tem nenhuma, ou porque achámos que era a estrada de Damasco e afinal era a estrada para o Cacém. Ou então somos paranóicos e ficamos com a sensação que nos estão a enrolar e que não nos querem contar a verdade toda. É o tipo de coisa no nível do inconsciente, que não dá para apagar e colar por cima. No caso da minha irmã era o singelo 'tem grelinhos, tem grelinhos, tem grelinhos no quintal, etc.'. Vá-se lá saber porquê, meteu na cabeça que era uma ordinarice qualquer (se calhar porque não conseguíamos cantar isto sem nos rirmos como o caraças, mas era só porque era realmente uma parvoíce do caralho) e ainda hoje se alguém cantarola a musiqueta dos grelinhos ela fica claramente incomodada, embora a nível consciente saiba que não tem nenhum truque, nem mensagem subliminar, nem ordinarice. É mesmo só uma parvoíce do caralho. Freud explicará. No meu caso foi a mais que célebre história da carcacinha. Uma história tão estúpida, mas tão estúpida, que nem me vou dar ao trabalho de reproduzir. Mas de cada vez que alguém dizia 'isso é como a história da carcacinha' eu percebia (ou achava que percebia) uma certa troca de olhares e ficava com a sensação desconfortável de que havia qualquer coisa com a carcacinha. De maneiras que um dia me contaram a história da carcacinha e ou ma contaram muito mal, ou se tinham esquecido de como era realmente a história e tiveram de inventar à pressa, ou então enrolaram-me e não me quiseram contar a verdade toda. O que é certo é que hoje sou uma pessoa adulta e sei perfeitamente onde fica o Cacém.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Omar Khayyam podia ser um bêbado, mas pelo menos era um génio

És um hipócrita de merda e um egoísta. És o grão de areia na minha engrenagem. A pedra no meu sapato. Que a minha boca se encha de terra e o meu corpo seque e mirre se alguma vez negar as tuas qualidades. Mas a verdade é que és um grande Otário.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Tenho como regra nunca ser grosseira, a não ser quando é de propósito.