quarta-feira, 23 de junho de 2010

A vida seria insuportável se não tivessemos a capacidade de nos habituarmos

Podes dizer o que quiseres. Mas sabes que é verdade. Vejo a tua alma. É minha para sempre. Maldito sejas!

A minha vida é tão estúpida

Podia estar sozinha em casa a olhar para a tv. Mas estou sozinha num bar a olhar para uma cerveja. E neste momento, sinceramente, não parece muito mais interessante que o Tim Gunn's Guide to Style...

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Eu gosto é do Verão

Nina acabou de estender a sua toalhinha na areia e agradece mentalmente a S. Pedro pelo primeiro dia em quinze sem vento. Nina vai agora tostar durante 10 minutos E X A C T O S de cada lado antes de se atirar à água.

sábado, 19 de junho de 2010

"Can I ask you out?"
"No."
"C'mon!"
"No. You must marry me first. Then you can take me anywhere you like."
Joelho no chão. Milhares de pessoas à nossa volta.
"Nina, will you marry me?"
"No!"
"C'mon. Go out with me. We get to know each other better, then we choose the names for the kids."
Só me fazem passar vergonhas....
Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Lembro-me exactamente do que fiz neste dia, há um ano atrás. Estava um calor que não se podia. Eu tinha uma saia preta, um top branco e as minhas melissas (do chinês). Combinámos na esplanada depois do trabalho. Escolhemos uma mesa à sombra e bebemos imperiais enquanto eu lia o jornal e tu te queixavas do patrão. Chegaram alguns amigos e bebemos mais umas imperiais e fizemos piadas, até tu os enxotares delicadamente. Fomos para tua casa e fizemos amor no chão. Depois encomendámos comida e ficámos a beber super bocks de lata deitados seminus, tu no chão e eu no sofá, com a janela aberta e a luz apagada. À meia-noite e oito minutos disseste "parabéns, chavala" e fizemos amor no sofá. Coisa bonita, a amizade desinteressada.
E o que é que mudou do ano passado para este? O tempo está francamente mais fresco.

Ideias brilhantes #3

Há lá plano melhor para festejar o meu aniversário que juntar-me a outros quinhentos desgraçados e irmos todos juntos de braço dado fazer um exame (cada um um seu) em que passa uma pessoa em cada sete? MAS ONDE É QUE EU TINHA A CABEÇA??????

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Há valores sagrados

Não se bate numa pessoa com óculos. Mesmo que seja de outro partido.
Passei a minha infância fascinada pela figura de um parente remoto, que aparecia de quando em vez na aldeia. Nós íamos e vínhamos; ele "chegava". Era um acontecimento. Toda a minha família, próxima ou afastada, tratava este homem por Padrinho, o que era muito estranho, porque era impossível que tivesse apadrinhado tanta gente, de tão variadas idades. O Padrinho, homem extraordinário e belíssimo, apesar da idade, e a Madrinha, uma réplica da Maria Callas, mas de cabelos brancos, com os seus inseparáveis óculos de lentes verde escuro, eram definitivamente as pessoas mais finas da aldeia. O Padrinho era um homem imponente, de cabeleira branca e sobrancelhas impressionantes. No meu mundo de fantasia, achava que era o Álvaro Cunhal, passando férias incógnito, numa aldeia ribatejana esquecida. O que tornava tudo ainda mais estranho, porque o meu avô insultava o Álvaro Cunhal na televisão, mas tratava o Padrinho com uma reverência inusitada. Isso devia fazer parte do disfarce, pensava eu, para tornar tudo mais verosímil. De facto, o meu avô tratava o Padrinho por senhor (não exactamente da forma que usamos hoje, mas sim numa forma que caiu em desuso há muitos anos, mas que se utilizava ainda há 50 ou 60 anos lá na aldeia, até entre marido e mulher, porque o tu seria impensável, e o vossemecê era usado exclusivamente entre pares), mas o Padrinho tratava o avô por tu! Eu franzia o nariz e espiava-os pelo canto do olho. O Padrinho parecia muito mais novo que o avô... Mais tarde percebi que o que o Padrinho não era mais jovem, era sim mais jovial e que o que vira do mundo lhe dava um à-vontade dentro de si próprio que lhe permitia a informalidade (coisa que o meu avô nunca se permitiu nas relações interpessoais, embora nunca o tenha ouvido tratar mais ninguém por senhor). Percebi também que os Padrinhos tinham sido muito ricos quando os meus avós eram muito pobres e que embora os meus avós nunca tivessem aceitado o dinheiro deles (a minha avó mudou-se temporariamente para sua casa quando lhes nasceu o primeiro filho, e a Madrinha passou muito mal), mas costumavam receber cestinhos com géneros, tão escassos nos anos que se seguiram à Guerra, que eles enviavam lá para casa. Compreendi também o conceito de "obrigação". A nossa família "devia uma grande obrigação" a uma família, ou outra família "devia uma grande obrigação" à nossa, porque há 50 anos nos tinham pedido emprestados 5 litros de azeite, ou porque há 80 eles tinham deixado o nosso rebanho atravessar a fazenda deles para beber água na ribeira. Hoje em dia parece piada, ou uma história passada na Sicília. Mas não. Passou-se connosco, passou-se aqui. Com o tempo estas coisas perderam a sua importância e eu ganhei outra compreensão do mundo. A família dos Padrinhos desintegrou-se quando os filhos se divorciaram das noras, e os netos cortaram relações com eles. Eu já não tinha a J. e o K. para brincarem comigo, e a Madrinha tornou-se uma figurinha pequenina e debilitada, que fazia arroz doce só para mim, porque não havia mais netos que o comessem, tão distante da diva imponente de outros tempos. O Padrinho adoeceu e morreu. Os filhos enfiaram a Madrinha num lar de terceira idade.
Anywayz, hoje já não nos lembramos a quem devemos obrigações, ou quem as deve a nós, e já nem sequer conhecemos as estremas das nossas fazendas, e se isso tem o seu quê de triste, como uma memória longínqua de um mundo mais puro e honrado, por outro lado já se pode contar em voz alta a razão por que o Padrinho ficou tísico poucos meses depois de chegar a Lisboa vindo da aldeia, na força dos seus vinte anos. Ah, aqueles olhos verdes!!!!

domingo, 13 de junho de 2010

As minhas festas são um sucesso

Vêm os que eu amo, vêm os que eu conheço e vêm os que eu não faço ideia de quem são. Vêm os que eu convido e os que alguém convidou e os que aparecem sem ninguém os convidar. As minhas festas pagam-se a si próprias e mais que isso dão lucro. Nas minhas festas encontram-se por puro acaso pessoas da outra ponta do país, convidadas por pessoas diferentes que não se conhecem entre si. Nas minhas festas aparecem pessoas que eu não via há anos e tudo parece acontecer por obra do destino. Nas minhas festas eu chego atrasada à minha própria casa e já tenho umas quinze pessoas sentadas à minha porta. Nas minhas festas, alguém que eu não conheço e que veio de Marrocos via Paris, está a assar sardinhas e febras para toda a gente, enquanto eu bebo cerveja. Nas minha festas há pessoas de pelo menos umas dez nacionalidades. A minha festa foi perfeita, no meu dia favorito do ano, com algumas das minhas pessoas favoritas no Universo. :)

sábado, 12 de junho de 2010

O momento alto do meu dia ou Os homens não podem ver um par de chuchas apontadas ao céu

Pela primeira vez na minha vida entro na Assembleia da República. Ponho o meu sorriso pepsodente e dirijo-me ao agente à porta. “O Dr. fulano de tal está à minha espera”. Diz que posso entrar e dirigir-me à funcionária. Digo-lhe que só quero entrar e que o senhor virá ter comigo à porta. “Faxavor de entrar, menina”. Entro. Medo. Os meus joelhos tremem. Tenho pânico de polícias e horror a solenidades. O bófia entra atrás de mim e mete-se comigo à cara podre. Chega o Sr. Dr., que diz para eu entrar e passar as minhas coisas pela máquina de raios-x. O bófia arvora um sorriso (o dobro do meu à chegada) e diz que não é preciso. Agradeço e bato-lhe duas vezes as pestanas. O pateta do Sr. Dr.: “Ninguém te resiste. Reparaste no sorriso de orelha a orelha do bacano?”. Não sei se core de embaraço ou se encha a mochila de semtex para a próxima vez.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Agradeço ao Senhor pelas mensagens à borla entre 96

PêPê: Que estás a fazer?
Nina: Absolutamente nada.
PêPê: Sabias que o sol se encontra a cerca de 28000 anos luz do centro da galáxia?
Nina: ...
PêPê: O raio polar é 25 Km menos que o equatorial! Estou a enlouquecer... Quem é que andou a medir isto?
Nina: -.-
PêPê: Qual é o teu problema?
Nina: Amor a mais. Vida a menos.
PêPê: Adopta um pretinho.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Afinal, e contra todas as perspectivas em contrário, parece que tenho saúde para dar e vender. Não é uma doença fibroquística da tanga que me vai matar. Um OBRIGADA muito sentido a todas as mulheres e aos dois homens que durante as últimas 3 semanas me tentaram convencer que sou muito nova para morrer.

Por que raio estou a estudar estatística outra vez??????

É incrível como 80% da minha energia vital é gasta a sacudir chatos e inconvenientes e insistentes e crianças grandes da minha vida. Os 20% que sobram passam-se a contar horas que nunca mais passam.

Não, a sério, estou mesmo a estudar estatística. Para idiotas.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Se eu podia parar de escrever parvoíces?

Não!

Príncipe, príncipe, estavas tão bem no baú das recordações ou O que fiz eu para merecer isto?

Uma das ideias mais geniais que já tive: como evitar ir para a cama com um gajo. "Então, babe, vamos até tua casa?", "Não, vamos antes beber um copo.". Passados 45 minutos soa mais ou menos "Bubemox maije um coooopo?". Passadas duas horas cai-se para cima da mesa do bar, a ressonar. Alguém nos arranca de lá, com umas beatas ainda agarradas à bochecha (coladas com baba).
Não foi bem assim que aconteceu. Sempre a bater no fundinho, mas com elegância e classe! Fui salva pelo meu querido marido depois de mandar uma mensagem de S.O.S. à socapa. E só despenquei no sofá de casa (para todos os efeitos, não estava num bar, estava sentada no chão, na rua).

segunda-feira, 7 de junho de 2010

É o Sto. António, estúpido!

Nem imagino a quantidade de bagaço, cerveja e ganza foi necessária para me convencer a fazer uma sardinhada na rua. Contras: é bem capaz de ser proibido. Tenho a certeza que é proibido. É proibido. Prós: já tenho dois advogados confirmados, por isso é capaz de não haver azar.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

A minha honestidade intelectual só é ultrapassada pelo tamanho da minha ingenuidade

- Olha lá, tu queres comer-me? Não é um convite. É uma pergunta.
- Aaaaaa......... Sim.
- Ah!... Bom... Pois... Isso é... Hummm... (sorriso amarelo)

...

terça-feira, 1 de junho de 2010

Faço escolhas de merda

Dos dois únicos homens com quem aceitei casar-me em toda a minha vida, um está morto e o outro desapareceu algures na estratosfera.