sexta-feira, 30 de julho de 2010

So long, cabelinho pantene

Acabei de perceber o Moët & Chandon. A minha esposa querida, flatmate, irmã do meu coração, acabou de pôr o pé na bunda do metrossexual. It's party tiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiime!
Tenho a ligeira sensação que venho à minha casa (o que tem sido raro, de facto) apenas para limpar, encher o frigorífico e ver filmes no portátil, deitada no sofá. Por outro lado, acho que se passam coisas bem giras aqui durante as minhas ausências. Entro em casa e tenho a bancada pejada de garrafas de Moët & Chandon vazias. Abro o frigo e tenho três iogurtes que passaram de prazo há 3 meses e uma lata de atum aberta. Só. Talvez repense a minha agenda para o que resta do Verão.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

A inactividade está a tornar-me burra. Eu costumava ser a maior devoradora de malaguetas deste hemisfério. Hoje o meu pai conseguiu convencer-me que mastigá-las não fazia mal.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Eu quase podia jurar que usava óculos. Mas há coisa de um mês que não os vejo... Grrrrrrrrr!

terça-feira, 27 de julho de 2010

Eu não tenho problemas absolutamente nenhuns em dormir. De manhã. O meu problema em dormir é à noite. FODA-SE.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Está demasiado calor para escrever. Aliás, está demasiado calor para seja lá o que for, com excepção de ficar o dia todo dentro de água. Coisa de que amanhã tratarei, com o maior afinco. E agora vou comer caracóis e beber mines.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

E aí vou eu para a praia, pela fresquinha das onze e meia da manhã (o meu plano de me levantar às 9 foi, como é óbvio, por água abaixo). Shorts, top de nylon (daqueles que só de olhar já cheiram mal) a apertar atrás do pescoço e chinelos made in china. Visual 80% chunga, 100% subúrbios. Para compor o cenário, faz um vento do caraças, andam pólens pelo ar e pó e sei lá mais o quê, pelo que me dá um ataque súbito e agudo de rinite alérgica. De maneiras que vou pela rua fora a assoar-me ruidosamente quando sou engatada à cara podre por um tipo que encosta o Mercedes ao passeio e entre risos (dele e meus) me pede o telemóvel e me diz que nunca até hoje pensara que uma mulher a assoar o nariz podia ser sexy. Pois é. Há bocas foleiras, piropos de prazo para lá de vencido e há abordagens fofas. Parece fácil...

terça-feira, 20 de julho de 2010

E juro pela minha rica saúde que não fumo crack. O tubinho da bic foi o que encontrei de mais adequado.
Se virem uma parola de quase trinta anos a soprar bolas de sabão à janela de um quinto andar, sou eu.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Hoje passei na minha primeira faculdade. Foram cinco anos dos mais absolutos tédio e desespero, mas também da mais pura felicidade. Parece que foi ontem. Foda-se, estou bué de velha.
E agora enfiar meia dúzia de coisas na mochila e partir para os subúrbios, essa meca dos pobres e desocupados.

domingo, 18 de julho de 2010

O meu fim-de-semana foi inteiramente dedicado a devorar filmes no portátil, devidamente acompanhados por batatas fritas de pacote, refrigerantes, sticks'n'cream e tortas dancake. Com merecidas pausas para cervejas, morangoskas e grogue nos sítios do costume. Planos para a esta semana: praia, livros, música e vender a alma.
Confesso que a Soraia Chaves subiu uns pontitos, mas haverá por aí alguém que tenha o número de telemóvel do Marco d'Almeida?

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Um dia destes calhou em conversa confessar, entre o embaraço e o pesar, que sou incapaz de sentir ciúmes. A pessoa em questão mostrou surpresa e agrado, eu sinto espanto e desalento. O ciúme não é afinal uma coisa boa (na medida certa, evidentemente)? Depois fiquei a pensar e comecei a andar para trás, tentando perceber a raiz da questão. E vieram-me à memória episódios passados tinha eu cinco anos. Quando soube que ia ter uma mana fiquei esfuziante de alegria. Lembro-me de pensar que o bebé nascia e passado pouco tempo seria do meu tamanho e podia brincar comigo e com os meus brinquedos. E esta foi toda a importância que dei ao acontecido. Mas rapidamente os adultos à minha volta começaram a conspirar contra mim. Diga-se em abono da verdade que, passada a alegria inicial, pouca importância dei ao facto. Sempre estive mais entretida com o meu mundinho interior do que com quaisquer circunstâncias externas. Mas os adultos pareciam não pensar assim. A minha avó, uma pedagoga como já não se fazem, agitava o indicador à frente do meu nariz e dizia, com uma ameaça velada na voz, "Não vais ter ciúmes do bebé. Não podes ter ciúmes do bebé. Não vais ter ciúmes do bebé!". Religiosamente, várias vezes por dia, com a pontualidade de uma colher de xarope apontada directamente às goelas. Se na altura isto não fazia muito sentido, tornou-se rapidamente um conceito temido. A tortura atingia o seu pico quando encontrávamos as outras senhoras na praça, no lugar das hortaliças, ou no Castelo, onde passeávamos todas as manhãs. A minha avó contava a novidade e as outras mães e avós que por ali andavam com os seus rebentos juntavam as cabeças e começavam a cochichar. E era então que a minha avó elevava a voz umas quatro oitavas (para se certificar que era ouvida desde aqui até à Trafaria) e olhava para mim de esguelha enquanto dizia "A nossa Ninazinha não tem ciúmes nenhuns do bebé, POIS NÃO?". Quando se calava os vidros à nossa volta tinham-se estilhaçado, os alarmes dos carros tinham disparado, e as crianças à minha volta tinham os olhos esbugalhados, os cabelos em pé e as bocas escancaradas, com um fio de baba a escorrer (enquanto as suas mamãs e avós acenavam aprovadoramente). Era assim que se educavam os petizes, those days. E pronto, matou-se o bicho, acabou-se com a peçonha. Palavra extirpada do meu dicionário pessoal, em todas as suas vertentes e ambivalências. Forever and ever. Diga-se, como nota de rodapé desta bonita estória, que eu até tinha todas as razões para ter ciúmes do bebé. Até aí filha única, menina do papá, neta mais nova e única menina. E, ainda pior que isso, uma semana antes do bebé nascer parti um braço e tive de engolir as lágrimas e puxar-lhe pela saia durante dois dias (DOIS DIAS), até a minha distraída e paquidérmica mamã finalmente olhar para baixo e perceber que se calhar o melhor era levar-me ao hospital (sem grandes pressas, claro, já que esperámos dois dias vamos jantar primeiro). Mas o facto é que não tinha (e se por acaso, o que é expectável e até, atrevo-me a dizê-lo, desejável (mais uma vez na medida certa) viesse a ter não seria nenhuma tragédia) pelo que tudo o que estes educadores patetas conseguiram foi boicotar a minha vida sentimental posterior. Obrigadinha aí!
De maneiras que se penso no homem que amo com outra, em vez de ciúmes dá-me tusa, mas acerca das razões de tal aberração não quero nem sequer começar a pensar nelas...

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Par #847















Dois números abaixo do meu (tudo bem, sou mulher para isso e para muito mais!), mas o que conta é a intenção. Belezuras da mamã!!!

Os homens, Senhor, os homens...

Foi só um beijinho. Não era preciso apagar o cigarro no próprio braço.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Realmente, de que é que eu me queixo?

Diariamente pessoas ligam-me, mandam-me mensagens ou encontram-me e gabam a minha beleza, a minha energia, o meu génio, a minha verve, a minha graça, a minha espontaneidade, a minha genuinidade, o meu talento, o meu brilho, a minha atitude, a minha joie de vivre. Elogiam o meu cabelo ("caracóis ruivos" ;)), as mamas, o cu, os meus lábios, os meus olhos, os meus vestidos, as minhas tatuagens. Perfeitos desconhecidos querem levar-me para dançar no Jamaica (grande coisa...) ou para beber um copo no Lux (outra grande coisa...). Oferecem-me 20 euros por uns óculos de sol de 6 euros (H&M), só pelo prazer de mos verem tirá-los do decote. Pessoas vão fazer o trabalho sujo por mim enquanto durmo a sesta no sofá, ajudam-me a vender o que tenho para vender e oferecem-me presentes de valor incalculável (literalmente, pelo menos para mim). Bajulam-me. Invejam-me. Idolatram-me. Mimam-me. Seria, de facto, uma convencida insuportável, não fosse uma fraude auto-consciente. Se acreditasse em Deus pedia-lhe que me fizesse burra, muito burra, ergo feliz.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Sentados no chão imundo, partilhamos a comida, a cerveja, o fumo. Somos iguais, somos um. Tudo o que precisamos do mundo cabe dentro de uma mochila. Temo-nos a nós e temos o rock. E que seja assim para sempre.

Back and ALIVE

Que se foda, meus filhos, que o Verão é isto mesmo.