domingo, 30 de janeiro de 2011

Há muito tempo atrás, uma tarde de sábado, recebi uma visita surpreendente, embora não inesperada. Fazia calor e eu lembro-me que tinha vestidos apenas um top preto de alças e umas calças, também pretas, e estava descalça. O meu cabelo, sempre tão selvagem, tinha acordado estranhamente obediente e estava solto, a bater-me no rabo. Abri a porta e mandei-o entrar. Ele sentou-se no sofá, eu sentei-me no chão. Bebemos umas cervejas, fumámos uns cigarros, tocámos-nos. Ele tinha pressa, levantou-se para sair. Lembro-me da sensação de awkwardness, os dois de pé, no meio da sala, o silêncio desconfortável, as palavras de circunstância, e eu apenas a fazer o que faço melhor, a dizer tolices. Finalmente saiu, mas já na escada hesitava. Não sei o que me passou pela cabeça. Por uma vez na vida, perdendo o meu sempre tão fiel auto-controlo, puxei-o por um braço, fechei a porta atrás dele e encostei-o com força à parede. O que se passou a seguir ele o saberá, eu não tenho a certeza. Minutos, segundos? Quando caí em mim, gritei-lhe que se pusesse na rua. Foi um dos momentos mais frustrantes da minha vida, mas também, esteticamente, um dos mais perfeitos. Se fosse hoje, fazia igual, nem menos, nem mais, porque a perfeição não pode ser acrescentada.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Como é que me consegui embebedar ainda antes de jantar?

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

És a minha pessoinha. Não escolheria viver com mais ninguém. Mas agora mexe esse cu e vai fazer-me o jantar!

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

A diferença entre o fracasso e a eficácia

é VALIUMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM!

Nota explicativa: fracasso é inventar tangas e sair do consultório com kainever, eficácia é pedir valium e sair do consultório com valium. Tenho um gosto especial por produtos gourmet.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Nietzsche, Nietzsche, eras um porreiro, pá

E um fixe. E um optimista. E um gajo cheio de vigor e joie de vivre. Atentemos, pois, no génio e eloquência expressos nestas opiniões tão auspiciosas, para começar um novo ano:
Qual a melhor coisa que pode acontecer à humanidade?
'Era nunca ter nascido.'
Er... Então e a segunda melhor coisa que pode acontecer à humanidade?
'É morrer depressa.'
Cheers!