quarta-feira, 29 de junho de 2011

Nina, há 30 anos a contribuir para a manutenção de estereótipos

Hoje, ao ser fotografada para uma revista, o fotógrafo, depois de me elogiar a figura e a ossatura facial (toma!, Jeremy, o que eu tenho são maçãs do rosto altas e não bochechas de mongolóide. Humph...), perguntou-me se eu nunca tinha pensado em ser modelo, porque fotografava bem e quase não precisava de direcção e percebia as indicações à primeira. Pensei cá para comigo que isso nada tem a ver com figura ou cara, é aquela coisa... hum... falta-me a palavra... como é que se diz? ah!, inteligência. Vá, não quero ser pedante, chamemos-lhe 'compreensão da língua portuguesa'. A capacidade para juntar palavras para formarem frases e das frases tirar um sentido. Mas limitei-me a fazer um sorriso bovino, que é o que se espera de quem está a ser fotografado.

terça-feira, 28 de junho de 2011

A prova de que não sou uma pessoa ambiciosa

Estar coberta por onze mil dólares (em notas de cem), ainda que só para a fotografia, não foi particularmente agradável. As notas cheiravam mal.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Parece que o Continente acabou de comprar a Avenida da Liberdade. E isto, no meu velhinho Monopólio, ainda era coisa para custar alguns três mil escudos. Três contos de réis. Uma fortuna, portanto.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Anda uma pessoa no ginásio há nove meses a trabalhar afincadamente para manter o seu nível obsceno de percentagem de massa gorda, para no espaço de um mês reduzir a dita em cinco porcento... Tenho uma dúvida, que julgo legítima. Terá sido da quantidade de grades de cerveja acartadas? Terá sido da ingestão de parte das cervejas? Terá sido da meia garrafa de uísque? Terá sido do bagaço do Tio Esteves? Terá sido do deficit de sono? Procuro respostas.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Por outro lado, where there's a will, there is a way. Tenho três-dicas-três: pesquisa; altos investimentos; azeite gallo. Posso não dever muito à inteligência no sentido mais pragmático do termo, mas a idade não pode trazer só rugas e cabelos brancos. Há pessoas que se esquecem que enquanto vão buscar a farinha já eu comi o bolo. A única coisa que me continua a intrigar é o azeite. Mas lá chegarei. E agora vou comer qualquer coisita que o esforço intelectual abre-me o apetite.
S U C E S S O

sábado, 11 de junho de 2011

Eu que até sou uma pessoa parca em palavras

Adoro pessoas que usam reticências no lugar de vírgulas e, sobretudo, de pontos de interrogação. Adoro pessoas que andam sempre a repetir as mesmas coisas porque precisam mesmo é de se convencer a si próprias. Adoro pessoas que passam a vida fishing for compliments. Adoro pessoas que não compreendem que uma qualquer acção substitui uma vida inteira de palavras. Adoro pessoas que me mentem. Adoro mentirosos compulsivos. Adoro pessoas que passam a vida a pedir desculpa por respirarem. Adoro vítimas. Adoro pessoas que metem os pés pelas mãos.
SO FUCKING NOT!
Tirando talvez os mentirosos compulsivos. Desses gosto mesmo a sério.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Ai meu rico Santo Antoninho

Este ano não quero ser acusada que ai e tal, RP e o caraças, não te vi a fazer nada a não ser comer sardinhas e beber cervejas encostada à parede (as if...). Mas enfim, semana caótica, organizar uma festa de uma certa envergadura, tratar de uma logística gigantesca, ter a casa pejada de grades de cerveja, gastar o meu precioso tempo em chamadas telefónicas intermináveis, estar a começar a borrar-me de medo porque o número de convidados ascende a um número astronómico... Mas não, RP não dá trabalho a-b-s-o-l-u-t-a-m-e-n-t-e nenhum. Menos 2 kgs na balança, meus amigos, menos 2 kgs. E para mostrar serviço (porque o que foi feito até agora é do tipo que não se vê), lá estarei agarrada ao fogareiro, que alguém tem de pegar este touro pelos cornos.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Sentada num banco de jardim, com vista para o Tejo, à espera que as horas passem, lembrei-me de uma cena, passada neste mesmo jardim, aqui há uns meses. Parei para beber café, no sítio de sempre. Caía uma chuva miudinha. Contornei o quiosque e deparei-me com um velho, de uns cento e cinquenta anos, muito digno na sua gabardine e chapéu, que alimentava pardais. Ao passar por ele os pardais voaram uns metros. Virei-me para o velho e disse 'Desculpe, espantei os seus passarinhos'. O velho olhou-me no fundo dos olhos e respondeu-me, com um misto de surpresa pela minha ignorância e verdadeira simplicidade, sem sombra do paternalismo tão caro a certas pessoas de idade perante os jovens, 'Os pardais não são meus. Só pertencem a eles próprios'. Passado a escrito não parece uma história particularmente impactante, mas a mim, naquele momento, pela personagem, pela chuva que caía, pela maneira como o velho me olhou, pareceu-me que tinha entrado num romance de Saramago. E fugi dali a correr, sem olhar para trás.
Eu prefiro pensar que não sofro de insónias, não, tenho é um horário muito alternativo. A noite passada cruzei-me com a minha esposa na casa de banho, a uma hora obscena da madrugada. Eu, fresca como uma alface, ela no sétimo ou oitavo sono, tipo zombie, piloto automático, diz-me com a maior naturalidade e sem qualquer expressão 'estavas a matar a Diana...'. Nota 1: talvez a minha família não se aperceba da minha real função na telenovela. Que btw é nenhuma. Nota 2: desde quando é que se passou a ver a telenovela cá em casa? Nota 3: vou proibir os canais nacionais nesta casa, sobretudo antes de dormir. Causam pesadelos (e não é só a novela).

domingo, 5 de junho de 2011

Estou a modos que assim para o cansadita....

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Eu provavelmente sou a pessoa mais decente deste hemisfério. E não me orgulho particularmente disso.

Gosto de ver-te passar
Anseio por ver-te passar
Mas eu não vou,
Não vou...
Adoro ver-te gozar
Quero ver-te gozar
Mas eu não estou,
Não estou...
Eu provavelmente morro com o fim da luta
Mas se te faz feliz eu paro
E recomeço como um hobby banal
Que não nos faça tanto mal, que não nos torne mais amargos
E nos deixe sem dúvidas, eu
Provavelmente morro com o fim da luta, mas se te faz feliz...
Hoje não vamos falar
Recuso ouvir-me falar
Mas eu não sou...
Não sou...
Forte para te contestar
E tu queres ver-me gozar,
Mas eu não estou...
Não estou...
Eu provavelmente morro com o fim da luta
Mas se te faz feliz eu paro
E recomeço como um hobby banal
Que não nos faça tanto mal, que não nos torne mais amargos
E nos deixe sem dúvidas, eu
Provavelmente morro com o fim da luta, mas se te faz feliz...
Eu provavelmente morro com o fim da luta
Mas se te faz feliz eu paro
E recomeço como um hobby banal
Que não nos faça tanto mal, que não nos torne mais amargos
E nos deixe sem dúvidas, eu
Provavelmente morro com o fim da luta, mas se te faz feliz...
Eu provavelmente morro com o fim da luta...
Eu provavelmente morro com o fim da luta
Mas se te faz feliz...


Obrigada, Senhor Armando Teixeira.
Que tenho um péssimo acordar, tenho. Mas que adoro que as pessoas que amo me acordem com coisinhas fofinhas, adoro. E a pessoa que eu mais amo, a irromper-me pelo quarto, de manhãzinha, chegada de Parrrrri, sã e salva (com aviões da Air France nunca se sabe) com uma caixa de lata recheada de docinhos, para me acordar... Hum! Até lhe perdoei ter aberto a janela e ter levado com o sol nas trombas logo para abrir a pestana. E lá ficámos as duas, espojadas na minha cama de princesa, quais Marias Antonietas, a comer doces (muito próprio para dejejum) e a trocar meia de treta. E depois? Depois ela foi dormir e eu fui trabalhar. Bummer!