quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Uma pessoa olha para o lado durante 30 segundos e a nossa esposa pega fogo à cozinha... Coitadinha da moça, a aflição dela era genuína, mas também o eram as minhas gargalhadas. Valha-nos a minha tranquilidade asiática, fruto de 50 horas seguidas a tricotar, com breves pausas para trabalhar e 5/7 minutos de sono (a babar-me para cima do teclado). Agora que penso nisso, acabei de perder 5/7 minutos.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Apetecia-me hibernar e acordar lá para, digamos, vá, assim à toa e sem nenhuma razão em especial, dia 16 de Abril.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Aaaaaaaaaaaaaaaaaaa..... Ai!..... E pronto, back to simcity. "Ai"? "AI"??!! É tudo o que tens para me dizer, grande cabrão? Estava capaz de te dar um soco no meio das trombas. Ou um pontapé nos tomates. Ou então compro-te um livrinho, daqueles com bonecos, para ver se aprendes alguma coisinha. Criançola do caralho.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Tou a panicar!

Tenho pulgas. Deito fogo à casa ou faço um flea circus?

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Não acredito em nada. Mas tenho pena.
O Inverno custa horrores a passar. O marroquino deu-me um beijo na boca. Amanhã vou comprar uma burqa afegã. Nunca mais bebo. Nunca mais fumo. Nunca mais me deito às 5 da manhã. Estou farta de estar sozinha. Estou farta de limpar merda. Estou farta de enfiar comprimidos pelas goelas de gatos abaixo. Devia ir fazer compras. Devia comer. É tudo demasiado penoso. O que é que vai ser amanhã?

domingo, 29 de novembro de 2009

Home alone (with Pops)

Fim de semana prolongado e a casa inteirinha só pra mim. O óbvio era convidar umas 30 pessoas e fazer uma festa que durasse três dias. Não. Claro que não. Limpezas é muito mais divertido. Uau!

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Tão queridos, os dois

Uma das noites mais desconfortáveis da minha vida, mas sobrevivi.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Parafraseando Sílvia de Fátima, essa grande guru dos tempos modernos, eu sabia que ia ficar louca, só não sabia que era para já. Hoje imprimi um calendário com os dias que me faltam até ao fim do meu contrato. No metro achei que estava mais alta que de costume, o que não faz sentido nenhum, porque apanhei uma valente molha, o que quer dizer que devia ter encolhido e não esticado. Telefonei ao meu ex-patrão, que me deve uma pequena fortuna (pequena no sentido de que se tivesse esse dinheiro casava-me amanhã. Ou isso ou apanhava já o expresso para a Benedita) e ele disse que me ia pagar esta semana, como aliás disse de todas as vezes que eu lhe telefonei, nos últimos sete meses, sem qualquer resultado prático. Vim para casa por uma zona do meu bairro que não piso sob hipótese alguma e a única coisa que aconteceu foi que me cheirou a sabão clarim. Fui beber um copo e comecei a noite a cantar "taras e manias" e acabei a cantar "why don't you do right". E descobri que algumas estradas têm apenas um sentido.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Aqui há uns tempos conheci um homem lindo, inteligente, culto, bom conversador, artista, olhos claros, amoroso, etc. Não que me tivesse falado directamente ao coração, ou a qualquer outra parte do corpo, mas, mentalmente, enfiei-o na gaveta dos elegíveis. Da segunda vez que o vi, o meu olhar foi atraído por qualquer coisa que saía do decote da t-shirt. Entrei em pânico. Parecia um tapete. Ou uma manta. Ou um caniche morto. Depois percebi que não. Se por qualquer razão (se bem que não estou a ver bem qual) esse specimen voltar a ser mencionado neste blog, sê-lo-à apenas como tony (ramos).

terça-feira, 10 de novembro de 2009

A minha irmã é a maior trambiqueira do universo. O sonho da moça é dar O golpe. O pai de todos os golpes. O maior golpe alguma vez praticado ou por praticar. E depois zarpar para a América do Sul e viver dos rendimentos numa casa de estilo mourisco, guardada por oito segorilas treinados nos melhores cartéis da região. Em suma, um demónio com cara de anjo.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Para bom, meia.

Não. Nem por sombras. Nope. Continua a ser falso. Mais de 5 menos de 10. Tenho dias (e sobretudo noites). Loura. Sou é organizada. Nunca dei por nada. Não. Pois. Nem tanto.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Nina 2.0

O tempo está a esgotar-se. Acho que esta noite vou vestir uma camisola quentinha e vou uivar para a rua.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Cresci numa casa em que a beleza física era francamente desencorajada. Nas crianças era, quanto muito, tolerada. Mais importante era ler livros, ler jornais, informar-se, cultivar-se, viajar, conhecer pessoas novas, situações novas, discutir política e o mundo. Por isso, e pela última vez, não é falsa modéstia, and i'm not fishing for compliments, pura e simplesmente não está na minha estrutura mental, e não consigo ter de mim a imagem que pelos vistos os outros têm. Não é que seja pouco importante, simplesmente não existe. E é por isso que ouvir a gaja mais desejada e desejável da faculdade dizer such a thing é o equivalente a levar um murro nos queixos.

domingo, 25 de outubro de 2009

O Trolha

O trolha é um gajo sensível. O trolha é um poeta. O trolha cheira bem. O trolha abre frascos e percebe de canalizações. O trolha é um duro. O trolha gosta de ursinhos de goma do minipreço. O trolha não distingue azul de verde. O trolha é teimoso. O trolha tem a mania que sabe, mas só ouve a voz da razão se lhe for sussurrada ao ouvido com voz suave. O trolha responde estranhamente bem a ordens. O trolha é meiguinho. O trolha tem amigos porreiros. O trolha não gosta muito da Poppy, mas a Poppy adora os ténis do trolha. O trolha é um tesudo. O trolha é inseguro. O trolha é o que existe de mais parecido com a versão masculina da minha pessoa (apesar de a minha esposa estar sempre a dizer que eu sou a versão masculina de mim própria).

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

A Nina é uma personagem e este blog é sobre a vida dela. A minha vida é muito mais irreal.

O príncipe que afinal era um sapo...

500 chamadas não atendidas e 800 mensagens não respondidas depois, o tipo vai-me buscar à aula de dança, leva-me a jantar e embebeda-me. Dizer que estava quase em coma serve como atenuante?

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Hoje, na carruagem do metro onde eu ia, entrou o cego maluquinho, um clássico da linha azul. Um clássico, também, da porcaria entranhada. Dentro da carruagem, todas as pessoas menos uma, se desviaram ou sustiveram a respiração. Eu nem me mexi. É oficial, estou livre do meu distúrbio obsessivo-compulsivo.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Não é racional. Não é emocional. Não é desejo. É visceral. É não querer ver um acidente na estrada, e não conseguir evitar olhar. É sentir o gosto do sangue na boca quando se morde a língua. São dois comboios de alta velocidade em rota de colisão. É o que sente a leoa quando vê a presa. É morder os dedos com força até doer. É o apelo hipnótico do fogo. É avassalador. É uma vertigem. É a luxúria, em estado puro.

sábado, 17 de outubro de 2009

Ao contrário do que se possa pensar, a coisa mais gira dum casamento não é aquela amiga de infância cínica que nos pergunta com um sorriso condescendente "Então, continuas solteira?" e nós respondemos "É.", depois do namorado dela ter passado as últimas duas horas a babar para dentro do nosso decote. Não. É alguém pedir o nosso telefone à noiva, a noiva dar sem nos pedir autorização, e agora termos um stalker atrás de nós. Isso sim. Pronto, e a comida à borla.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Os meus amigos são uns porreiros, uns fixes, uns queridos.
- Porque é que hoje estás tão cansada, Nina?
- Porq....
- PÁRA! Se calhar não queremos saber a resposta.

Também gosto muito de vocês.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Qual é a necessidade de ter um homem em casa se o nosso franguinho nos convida para um programa qualquer no final de um dia de trabalho? E se, como é dia de dança, e acabamos realmente extenuadas, nos faz jantar, tem vinho e põe música só para nós? Realmente não é nenhuma, não tivesse eu um lavatório entupido e um frasco que não consigo abrir (outra vez).

domingo, 11 de outubro de 2009

As Coisas Que Eu Tenho Que Ouvir ou Mitos Acerca Da Minha Pessoa

A minha vida é uma sucessão infindável de borgas e bubadeiras.
Ando sempre rodeada de homens e as mulheres detestam-me.
Não faço nenhum.
Sou uma borboleta social.
Tenho mais quilómetros de pila que Portugal de auto-estradas.
Sou uma pessoa inteligente e interessante.
Sou ruiva natural.
Tenho demasiado tempo livre porque li muitos livros.
Tenho uma vida fácilfácilfácil porque tenho mamas grandes.
Sou uma junkie porque uma vez tomei dois xanaxs com um copo de vinho.
Não sou normal.
O que eu quero é aparecer.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Poucas coisas me fazem sentir tão bem como um dia de chuva.
Tenho sono...
Não tenho sono...

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Os seres humanos fazem as coisas que fazem por duas únicas razões. Porque tem de ser ou porque podem.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Números são coisas estranhas. Teoricamente, deveriam distribuir-se aleatoriamente de forma constante, ou seja, terem uma frequência relativa idêntica. Por exemplo. Datas de entrada de documentos. À partida, todas as datas possíveis ao longo de um ano deveriam aparecer com a mesma frequência. No entanto, o que se verifica é que há datas que se repetem constantemente e outras nunca ou muito raramente aparecem. Isto prova uma tendência qualquer do universo? Qual a possibilidade disto ser real? E qual a probabilidade de eu estar a ficar completamente xexé?

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Uma das razões por que eu gosto tanto do meu 2º emprego é que, lá, somos todos como uma família. E é assim que tem de ser, se não for não funciona. Faço o meu trabalho, tenho as minhas responsabilidades, mas há sempre alguém que toma conta de mim.
Uma das pessoas mais fantásticas é o Orlando, o nosso músico cego (such a cliché...). Quando chega vai beijar as meninas todas. Reconheceu-me depois de uns 6 meses de ausência/desencontros de turnos. E é o perfeito cavalheiro.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Hoje sinto-me a flutuar num pote de mel. É tudo lento e doce. Porquê? Não sei. But it feels nice.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Duas ou três notazinhas acerca de

1. Desde quando é que freaks (em estado terminal) distribuem propaganda do PS? Pois. Também foi o que eu pensei.
2. Quando durmo pouco, ando o dia inteiro com frio. A minha colega aproveitou a oportunidade para me perguntar se tomo drogas duras.
3. Se calhar ia tentar dormir.
Acho que estou a tentar morrer por privação de sono. Será que custa muito?

Viver depressa, morrer jovem, fazer um cadáver bonito

Estou anestesiada de cansaço. Tenho demasiado sono até para dormir. Neste estado ou me dá para rir histericamente sem razão, ou me dá para ter ideias parvas. A saber. Será que uma pessoa tem o direito de morrer? De se matar, I mean. Mesmo que seja a 200 contra uma árvore. Mesmo que não seja propriamente de propósito.
Lembras-te daquele Verão em que tiveste o primeiro acidente? Alguém me telefonou e disse "Tem calma. Ainda não foi desta". Ainda? Ok, pensamentos mais felizes. Passaste esse Verão deitado na cama, perna estendida, parafusos do lado de fora da carne. Passei horas contigo, os dois estendidos na cama, a tocar viola, a escolher o teu novo carro, etc., etc., etc. Quando não estava contigo passava o tempo a ler as tuas cartas e a escrever para ti. Perdi essas cartas, tenho de tentar resgatá-las. Que escrevíamos nós um ao outro? Parvoíces de adolescentes. Onde estarão as cartas? Lembro-me também o que me disseste numa dessas tardes. "Não tenho medo de morrer". Que bom para ti!
Estragaste tudo. Bastava teres insistido um bocadinho mais. E se agora me custa, nem podes imaginar como foi aos 20 anos.
Se estivesses aqui agora, se te pudesse contar como sou eu hoje, se te pudesse dizer que acertaste, como sempre, em todas as coisas que disseste que eu ia ser. Mas como seria eu hoje se não tivesse acontecido? Quero muito acreditar que estaríamos em Nova Iorque, ou quem sabe Las Vegas, a curtir milhões e a viver aquilo para que nascemos. Assim, sou só mais uma no meio da multidão, e tu és só uma lembrança triste. O mundo mudou, o meu mundo mudou. Continuo a ser a pessoa mais incoerente do universo, continuo a confundir as palavras egoísta com invejoso, continuo a olhar para as pessoas quando falam comigo daquela maneira que só tu reparavas, continuo a gostar de andar depressa, continuo a cometer os mesmos erros vezes sem conta. Mas alguma coisa se perdeu algures, e tenho muito medo de nunca a vir a recuperar. Saber que eras a minha rede e que estavas lá de cada vez que eu caísse ajudava. Contigo dava sempre certo, tinhas a solução para tudo.
E sim, finalmente acredito que era a sério.
Amaste intensamente, viveste intensamente. Ninguém pode pedir mais nem melhor. Até prova em contrário, és o único de nós eternamente jovem.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Pensando melhor, eu sou instável e desestruturada....

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Depois de muitas semanas de silêncio, o príncipe lá voltou à carga. Estava disposta a apostar o dedo mindinho do meu pé direito (e deus sabe como me faz falta) como escreve e reescreve vezes sem conta as mensagens antes de mas enviar. Não percebe a fatuidade de tal gesto. Mas eu também não o terei esclarecido devidamente. Ignorar ou dar respostas chochas não resolve. Opto por lhe dizer a verdade ("tens uma pila demasiado aborrecida para o meu gosto"), minto descaradamente ("desculpa, não és tu, sou eu. Agora gosto é de gajas"), conto a mentirinha piedosa ("és demasiado bom para mim, a sério! Não sei se já percebeste, mas sou completamente instável e desestruturada"), ou conto-lhe uma meia-verdade ("estou envolvida com outra pessoa e ele não ia gostar muito desta cena. Nem vais acreditar nisto, mas por acaso até sabes quem é, é o...")?
Claro que vou fazer o que faço sempre (e que, aliás, faço tão bem); ignoro o problema até ele se resolver por si.
Estou habituada a que as pessoas olhem para mim. Estou habituada a que as pessoas olhem muito para mim. Estou muito habituada a que as pessoas olhem muito para mim. Ainda assim, preferia que o não fizessem.

sábado, 12 de setembro de 2009

Uma frase por dia e nada mais

Querido diário:
Hoje levantei-me cedo, fui trabalhar cedo e saí cedo. Tive tempo de passar pelo jardim, tirar algumas fotos, fazer compras, vir para casa e esticar-me no sofá a brincar com a bicha e a pôr a conversa em dia com as amigas, no telefone. Alguém me ligou a dizer que estava a subir a minha rua, e se havia jantar para mais duas. Fizemos jantar, comemos e saímos para a rua. Foram aparecendo mais pessoas. Estava cansada e precisava de dormir, mas quando deixei um grupo para vir para casa encontrei mais três pessoas conhecidas, a que mais tarde se juntaram outras, que eu desconhecia. E foi então que o Universo conspirou a meu favor. Praaaaaaise the loooooord!!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Este é o meu poema preferido de sempre

De Paul Éluard

Sur mes cahiers d'écolier
Sur mon pupitre et les arbres
Sur le sable sur la neige
J'écris ton nom

Sur toutes les pages lues
Sur toutes les pages blanches
Pierre sang papier ou cendre
J'écris ton nom

Sur les images dorées
Sur les armes des guerriers
Sur la couronne des rois
J'écris ton nom

Sur la jungle et le désert
Sur les nids sur les genêts
Sur l'écho de mon enfance
J'écris ton nom

Sur les merveilles des nuits
Sur le pain blanc des journées
Sur les saisons fiancées
J'écris ton nom

Sur tous mes chiffons d'azur
Sur l'étang soleil moisi
Sur le lac lune vivante
J'écris ton nom

Sur les champs sur l'horizon
Sur les ailes des oiseaux
Et sur le moulin des ombres
J'écris ton nom

Sur chaque bouffée d'aurore
Sur la mer sur les bateaux
Sur la montagne démente
J'écris ton nom

Sur la mousse des nuages
Sur les sueurs de l'orage
Sur la pluie épaisse et fade
J'écris ton nom

Sur les formes scintillantes
Sur les cloches des couleurs
Sur la vérité physique
J'écris ton nom

Sur les sentiers éveillés
Sur les routes déployées
Sur les places qui débordent
J'écris ton nom

Sur la lampe qui s'allume
Sur la lampe qui s'éteint
Sur mes maisons réunis
J'écris ton nom

Sur le fruit coupé en deux
Dur miroir et de ma chambre
Sur mon lit coquille vide
J'écris ton nom

Sur mon chien gourmand et tendre
Sur ses oreilles dressées
Sur sa patte maladroite
J'écris ton nom

Sur le tremplin de ma porte
Sur les objets familiers
Sur le flot du feu béni
J'écris ton nom

Sur toute chair accordée
Sur le front de mes amis
Sur chaque main qui se tend
J'écris ton nom

Sur la vitre des surprises
Sur les lèvres attentives
Bien au-dessus du silence
J'écris ton nom

Sur mes refuges détruits
Sur mes phares écroulés
Sur les murs de mon ennui
J'écris ton nom

Sur l'absence sans désir
Sur la solitude nue
Sur les marches de la mort
J'écris ton nom

Sur la santé revenue
Sur le risque disparu
Sur l'espoir sans souvenir
J'écris ton nom

Et par le pouvoir d'un mot
Je recommence ma vie
Je suis né pour te connaître
Pour te nommer

Liberté.


Foi isto que senti hoje. Obrigada, querido.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Porque é que esta puta tem tanta inveja de mim? Ah!, já sei, é porque.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Procuro marido rico multimilionário, que me possa proporcionar férias de 365 dias por ano. De preferência com interesses no hemisfério Sul, para aí passar os aborrecidos meses do Inverno europeu. Sou uma pessoa muito séria, sou carinhosa, e possuo a maior virtude da esposa dedicada: sei sempre quando devo ficar calada.
Voltei de férias para descobrir que moro no Bairro Alto. Como é que isto foi acontecer?!

...

E às vezes tenho tantas coisas para dizer, que a única coisa que me sai é isto.

domingo, 6 de setembro de 2009

sábado, 22 de agosto de 2009

Para grande desgosto dos meus numerososnumerososnumerosos fãs, meti 15 dias de baixa. Vou-me internar num Boot Camp para obesos mórbidos no Alto Volta. Sem internet. Sem telefones. Sem TV. Sem comida. Se tudo correr de acordo com o planeado, volto daqui a duas semanas, boazuda comócaralho e pronta a arrasar os coraçoezinhos solitários do departamento jurídico inteiro. Saudinha!

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Contra todas as evidências parece que afinal sou macho

Não vem nos livros, mas toda a gente sabe. As donzelas apaixonam-se sem apelo nem agravo pelo primeiro príncipe que as trespassa com a espada do amor (quem é que se lembra do nome do segundo homem que pisou a lua?). Aconteceu-nos a todas. E só não aconteceu a todos por uma questão inerente à estatística. Ou à probabilidade. Não sei. Apaixono-me pelo meu franguinho cada vez que entramos num duelo, tal como se fosse a primeira vez. Mas quando vou a meio da Rua da Imprensa Nacional já me passou.
Mas não é por isso que sou um gajo. É porque uso um soutien de homem.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Cambada de alienados com a merda dos phones nos ouvidos.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Blame TMN

Hoje percebi finalmente porque é que não se mistura trabalho com... cenas. Porque pode acabar mal. E geralmente acaba. E é a merda. Ou então não acaba mal. A rede no Bairro é que é fodida. "Não tenho rede nenhuma, meu príncipe. Já te ligo. Já te ligo!". Há um mês e meio. E agora, merda!

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

A indústria farmacêutica produz coisinhas deliciosas. Desde que me mudei para aqui que ainda não meti nem um benuron no bucho. Mas lembro-me bem dos tempos em que implorava, histérica, que a minha mãe fosse à farmácia e pedisse xanax como se fosse para ela. Comprimidinhos mágicos (e legais) conheço-os todos. Ansiolíticos, calmantes, inderal, e uma vez até um relaxante muscular para cavalos (forma de dizer, não the real one), ainda que por engano. Bem fixe, não tivesse acontecido numa aula de educação física, assim foi só patético. Nem todos dão alucinações. A melhor trip de todas tive-a eu com um comprimidinho minúsculo, zolpidem, se não me engano, que deve ter vindo da farmácia hospitalar. Tomado a 10 mil metros de altitude foi bombástico. Não sei se foi da droga, da altitude, ou da conjugação dos vários factores, mas foi mesmo impecável. As pessoas ao meu lado é que não acharam muita graça. A pessoa que mo deu só depois me disse que, da primeira vez que o tomou, andou a correr cozinha afora atrás da televisão...
Neste momento só queria qualquer coisa que fizesse parar a comichão que tenho no braço e que me está a dar conta dos nervos.
A minha colega queria fazer uma tese sobre a influência das lendas homéricas em Gabriel Garcia Márquez. A mim apetecia-me escrever sobre a influência que a música que se ouve no mp3 no caminho para o emprego tem no estado de espírito geral para o resto do dia.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Tenho uma tendência natural para alucinar e saltitar entre dimensões alternativas da realidade. Mesmo quando estou sóbria. Que digo eu? Eu estou sempre sóbria! Quando meti uma box na minha televisão desenvolvi uma tendência compulsiva para pausar e fazer rewind nas emissões de rádio. E nas conversas com os amigos (distraio-me muito facilmente). E nas reuniões de trabalho. Nunca consegui que resultasse. Ultimamente quando olho para as expressões faciais das pessoas vejo-as com as caras dos bonequitos do msn. :s

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Pérolas ditadas pela Sagres

Cigarros de mentol dão intesão. Não; destesão!
Se queres beber um sumol bebes uma super bock.
Pedi-lhe o endereço do blog porque achava que ela estava apaixonada por mim.
Escreves como um homem. Não é nada, é a gaja e a cidade.
É tipo aquele tabaco de enrolar de back up para quando se acabam os cigarros industriais às 3 da manhã.
Tiro-te uma foto com o punho erguido. Vá laaaaaaaaaaaaaaaaá! Melhor, às duas! Às duas! Às duas!
A sanita era aquela cena grande com uma embalagem de dove, não era?
A vossa mãe deve ser uma ostra; pariu duas pérolas. Duas panelas??? As ostras não dão panelas! (como bem sabemos, o álcool dá cabo, entre outras coisas, do sentido da audição).
Com Super Bock, nada disto acontecia.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

A dona de casa perfeita

Pataniscas de bacalhau!! E só tenho queimaduras de 2º grau em dois dedos.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Começo a achar que me estou a tornar num cliché.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Era uma vez uma princesa, com uma saia de princesa, sapatos de princesa e cabelo de princesa. O seu príncipe foi para muito longe, lutar contra dragões e reis malvados. Quando o príncipe regressou, a princesa foi até ao seu palácio, e juntos viram gravuras de paisagens magníficas. O príncipe apontou e disse "É aí que vou erguer o meu castelo". O príncipe contou histórias maravilhosas enquanto a princesa ouvia e sorria. Mas o príncipe estava muito ferido e cansado. Então a princesa deitou o príncipe, tirou-lhe as calças e a t-shirt, massajou-lhe o joelho com reumon gel, tapou-o e cantou-lhe ao ouvido, enquanto lhe revolvia os cabelos com os seus dedos. O príncipe ainda teve tempo de lhe dizer "Mas achas que eu sou a tua gata?!" antes de adormecer beatificamente. Então a princesa deu-lhe um beijo na testa e foi para a sua casa. Fim.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

O meu avô está a deixar crescer um bigodinho. Suspeito que é porque já não vê o suficiente para fazer a barba em condições. Em todo o caso, dá-lhe um ar boémio, de dançarino de tango. Mais estranho foi ouvi-lo dizer que precisamos de outro 25 de Abril, vindo dele, conhecido por Archie Bunker entre os netos. E não, não é senilidade, o meu avô é a pessoa mais lúcida da família, próxima e alargada. E isto a propósito do quê? Da política da EMEL quanto ao estacionamento na cidade. "Mas esses gajos compraram as ruas, foi?!". O meu avô nem sequer tem carro...

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Tenho de mudar o meu percurso para o trabalho

Não posso ver aquele rapaz logo pela manhã. Apaixono-me sempre irremediavelmente.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Se eu largar sinto a sua falta, se eu agarro ela perde a cor

Recordo a minha infância com grande saudade, porque fui muito, muito, muito, feliz. Fui um anjo loiro. Fui uma criança de uma beleza, graça, serenidade e paciência incomparáveis (tudo passa, meus amigos, tudo passa, até a uva passa). Podia passar horas e horas concentrada nas tarefas ou observações mais fúteis. Adorava caçar borboletas. A sensação de prender uma borboleta entre os dedos e senti-la a debater-se para se libertar é deliciosa e só comparável ao bater de pestanas contra a pele. Claro que só muito mais tarde é que percebi que isso dava cabo delas (não fui uma criança sádica...). Daí que um dia corri atrás de uma borboleta lindíssima durante mais que tempos, frente a uma plateia aparentemente embevecida, composta por vovó, vovô e mais uns quantos velhotes. Eu já devia estar um tanto ou quanto exasperada, de tal maneira que um dos senhores, um mudo que nunca falava com ninguém (hum... tá.... que não interagia com ninguém, melhor dizendo) se levantou, tirou o chapéu (nesse tempo e nesse sítio, os senhores mais velhos ainda usavam chapéu), apanhou a borboleta com o chapéu e ofereceu-ma. De tantos episódios da minha infância, este foi o que me veio à cabeça hoje, enquanto ouvia isto.

domingo, 26 de julho de 2009

Acho que já escrevi algures sobre o binómio mudanças + transportes públicos, mas como tenho memória curta, neste momento o meu braço está prestes a separar-se do ombro. É incrível como coisas aparentemente leves passam a pesar toneladas numa questão de minutos. Ao fim de um tempo já não se sente o peso, só a dor atroz. E a seguir à dor atroz entro em transe, numa espécie de alucinação, mas daquelas que me deixam mais lúcida que no meu estado normal, e começo, ao contrário do costume, a reparar no que me rodeia. No caminho para casa cruzei-me com um jovem chef muito in (e muito jeitoso), que me fez olhinhos, quando se devia era ter oferecido para ajudar, e um fadista famoso, irmão de outro fadista mais famoso, com um ar um bocado alucinado. Reparei também num zuca que ia pela rua fora a filmar as pedras da calçada, num velho a cheirar a mijo que estava a provocar um engarrafamento no passeio porque ninguém o conseguia ultrapassar, numa loja de porno e nuns hippies a tocarem instrumentos eléctricos (?) no meio da rua.
De maneiras que já tenho aparelhagem no quarto, do que me esqueci foi do comando....

sexta-feira, 24 de julho de 2009

É muito engraçado dormir com um gajo na minha cama e não nos tocarmos nem com um cotovelo. Mas porque é que agora não consigo parar de pensar nisso?

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Ontem voltei a dançar.
Hoje dói-me tudo.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Digo a uma pessoa que está prestes a defender tese que se diz bochechar e não bocejar, lamber e não lember, encastrado e não encrastado, e trolley e não troller? Se calhar não digo. E sento-me na primeira fila.

domingo, 19 de julho de 2009

Razoavelmente mais feliz que nas últimas semanas. Talvez porque consegui ir à praia. Talvez porque tenho dormido mais. Talvez porque tenho tido conversas interessantes com pessoas inteligentes. Ou porque consegui, finalmente, falar contigo. Ouvir a tua voz, entrecortada pela distância. E porque rimos juntos. E fizeste as piadinhas do costume. Ou seja, tudo como sempre. Uff!

segunda-feira, 13 de julho de 2009

De volta ao mundo real

Depois de três dias a portar-me como uma adolescente.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Os meus dias são como as minhas noites, a tentar evitar adormecer.

Curioso

Roubado do blog anterior, dias depois de me ter despedido do call center, ainda não tinha começado à procura de casa, procurava um emprego na minha área, tinha saudades da faculdade.


Sábado, 18 de Outubro de 2008

A minha vida vai avançando por fases. Fases boas, fases menos boas, fases francamente más. Ouvir Placebo no máximo, deitada de costas no chão do meu quarto, a fumar cigarro atrás de cigarro. Fase menos boa. Os tempos dourados da faculdade. Fase muito boa. Aquela cena que aconteceu. Fase má. Ter ficado doente e arrastar-me por aí. Fase mesmo má. Ter entrado de novo para a faculdade e descobrir que já não era a mesma coisa. Fase mázita. Estar apaixonada. Fases mesmo boas! Mas o problema agora, you see, é que não sei que raio de fase é esta. É a fase não fase. Não me lembro do que fiz no último mês, o que é algo preocupante. Espero que não tenha sido merda. Nenhuma sensação, nenhuma memória, nenhuma música, nenhum cheiro. Um vazio. Talvez daqui a uns meses, em perspectiva, esta seja a fase "qualquer coisa", mas de momento é isso mesmo, o vazio. E ninguém me pode ajudar, grandes cabrões!!!
posted by Nina at 10/18/2008 02:50:00 PM 0 comments
Gosto de fazer casalinhos à minha volta, da mesma maneira que as anoréticas gostam de ver os outros comer.

terça-feira, 7 de julho de 2009

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Take me or leave me

Porque sou mulher, está-me reservado o papel de apenas existir e ser adorável? Pois.

Been there, done that

Tanta inquietação, tanta frustração, tanta lágrima engolida, e afinal a resposta estava apenas a 300 km (de fios telefónicos) de distância.
- Alô
- Alô
- Então, mê amor?
- Hum…
- Que é que se passa?!
- …
- Oh, tontinha, não vês que o que te falta é um objectivo!
Uma hora e trinta e seis minutos mais tarde era uma mulher renovada. Parece que há pessoas que têm de ter sempre um objectivo, um projecto, um motivo, uma causa. Claro que para meu grande azar eu não podia ser do tipo que fica sossegadinha a olhar para as paredes da minha casa perfeita com uma cerveja na mão. Vejamos, quando era mais jovem estudava numa faculdade porreira, com gente porreira. O meu objectivo era fazer o máximo possível com o mínimo de esforço. Quando se tornou demasiado penoso, o meu objectivo passou a ser acabar aquele suplício o mais depressa possível. Foi o que fiz. Objectivo cumprido, canudo na mão, mercado de trabalho desfavorável e uma reviravolta total. Novo objectivo, novo curso, área diametralmente oposta. Desta vez apostei em ir às aulas, tudo direitinho, tirar boas notas, fazer um número estúpido de cadeiras em tempo recorde. Anos mais tarde, objectivo cumprido. Que se segue? Quero uma casa. Bairro histórico, soalho de tábuas corridas, arquitectura particular, espaço amistoso para viver e receber os amigos. Passei 5 penosos meses à procura da casa ideal. Conheci os buracos mais infectos e as casas mais perfeitas com a localização errada. Quando já tínhamos visto tudo o que havia para ver no mercado desanimámos e pensámos desistir. Eu estava farta e cansada e não havia casa que eu não tivesse visto. E, de repente, bingo! Mais um. Next: mobilar a casa perfeita com o conceito perfeito de decoração. Já está. Eu queria muito ter um gato. Também já está. E AGORA???
De qualquer das formas, identificada a causa, fiquei cheia de energia e pronta para novo desafio. Não que isto ajude muito a encontrar um novo objectivo, mas pelo menos não me sinto tão desanimada. Fazer uma viagem? Escrever um livro? Cozinhar comida saudável? Emagrecer 30 kg? Tornar-me budista? Ir salvar o rato de Cabrera? Abre-se perante os meus olhos todo um mundo de possibilidades!

sexta-feira, 3 de julho de 2009

O Planeamento Familiar é universal e gratuito, mas parece que é só até às 5 da tarde. Grrrrrrrr!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Há o jantar de curso e há a elite

Ainda bem que só há gummi bears de 5 cores - azul, amarelo, verde, laranja, vermelho.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Ter trabalhado este fim-de-semana fez-me pensar no tempo em que trabalhei 7 dias por semana. Às vezes em dois empregos diferentes no mesmo dia. Aconteceu sair de casa às 6 da manhã, conduzir uma hora debaixo de chuva, gelo, nevoeiro, de noite, trabalhar 11 ou 12 horas e conduzir de volta, debaixo de chuva, gelo, nevoeiro, de noite. Vestia a farda, maquilhava-me e penteava o cabelo dentro do carro e ia servir à mesa até à uma ou até às duas da manhã. Depois conduzia para casa e tinha de deixar o carro a kilómetros de distância, porque nunca havia lugar para estacionar. A essa hora já o meu pai andava na rua, à minha espera. Metia-se no carro comigo e procurávamos os dois um lugar mais perto para estacionar. Dormia pouco, sempre que podia. Adormecia onde calhava, no sofá, à mesa, no carro na hora de almoço e quando chovia demasiado para assistir aos trabalhos, na obra. E comia! Chegava a jantar duas vezes, uma no trabalho, outra quando chegava a casa. Outras vezes não tinha tempo antes do trabalho, jantava às 2h30. Na obra comia como um homem, o empregado já me conhecia... Tinha tempo para tudo e nunca estava cansada. Tinha as crianças do centro comunitário, fazia bainhas e roupinha de criança, até passei a ferro para fora. Levantava-me muito cedo e o trabalho era pesado, mas não sentia o cansaço e, na verdade, não conseguia parar.
Parece que foi há centenas de anos, mas foi apenas há alguns meses.
Agora trabalho sete horas por dia, se trabalho ao fim-de-semana é raramente e já não porque preciso, mas porque gosto. Posso levantar-me às 9 da manhã, fazer tudo nas calmas, caminhar pelo meu bairro até ao metro e num instantinho estou no trabalho. Ao fim do dia é caminhar calmamente de volta, comprar uns frescos na mercearia cá da rua, anhar um bocado a ver tv, ou na net. Mas em compensação estou sempre cansada, cada tarefa é um sacrifício. Limpar a casa? Na. Cozinhar comida decente? Só muito raramente. Arrumar o meu quarto? No way.
Eu acho que estou a ressacar do cansaço acumulado. Ou então estou só desmotivada. A minha mãe acha que só comemos merda e que não nos cuidamos. A minha esposa não acha nada, não quer saber.
Veredicto final: acho que me deixei aburguesar.

domingo, 28 de junho de 2009

É tão fofo ligar à minha esposa e ouvi-la dizer "Quando voltas para casa?". É muito. Falamos mais ao telefone quando eu passo o fim-de-semana fora, do que falamos uma com a outra quando estamos as duas em casa. Geralmente funciona assim: ela está numa ponta da casa e eu na outra e quando quero falar com ela mando-lhe um sms.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Hoje vou contar uma linda história. O meu príncipe e eu costumamos beber Super Bock. Ontem experimentámos beber Zubrowca. Não resultou. Como toda a gente sabe, Zubrowca é só para advanced players. Cromo.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Tenho uma jarra com um ramo de rosas completamente mortas, em cima da mesa da sala, há uma semana. Eu disse jarra? Queria dizer um frasco de maionese. Sem a maionese. Tenho também a cama por fazer, a louça da máquina para arrumar, uma cozinha de pantanas, uma casa de banho que nem se fala e uma gata completamente esquizofrénica e com umas unhas demasiado afiadas. O que é que me podia faltar? Ah, estar com uma preguiça de proporções épicas. Isso e ter pessoas a chegar para jantar e não ter nada pa comer. Em compensação tenho muito para beber. Pode ser que os consiga embebedar antes de eles perceberem.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

É só mais um dia mau, mau, mau

Às vezes passam-me umas ideias esquisitas pela mente. Como voltar para casa dos meus pais, por exemplo. Ou então deitar fogo aos dossiers todos em cima da minha secretária, lá no job. E à secretária. E ao computador. E ao meu departamento inteiro. Yeah, that would do!

terça-feira, 23 de junho de 2009

A Poppy acabou de me cortar a perna esquerda em tiras... Nice!
Lá dizia o outro que ser loira não é tudo. Eu acrescento, ser bela não é tudo. Aliás, ser bela não é nada. Ser bela é ser oca. Ser bela é ser fútil. Ser bela é não ter de pagar para entrar numa discoteca nem para beber copos num bar. Ser bela é receber flores de conhecidos e desconhecidos. Ser bela é pedir o mundo e darem-nos o universo. Ser bela é ser previsível. Ser bela é ser o centro da festa, mesmo num velório. Ser bela é foder muito e com muitos. Ser bela é querer e ter. Ser bela é ser egoísta. Ser bela é ser idiota. Ser bela é ser mais que os outros só porque sim. Ser bela é ser burra. Ser bela é ser desejada por todos, mas alcançada apenas por alguns. Ser bela é ser invejada. Ser bela é ser inacessível. Ser bela é estar sozinha.
Felizmente, sou feia como um bode.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

As leis da atracção

O que é que eu terei de fazer mais para perceberes que não quero nada contigo (nem nunca quis, nem nunca vou querer, antes comer merda às colheres!), meu cachalote viscoso?????
Ainda não consegui perceber se tens realmente um moral do caralho ou se és só burro.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Acontecem-me coisas #3

Eu meto-me em cenas grotescas. Rídiculas. Atrofiantes. Diabólicas. Alucinantes. Depois o difícil é sair delas. O meu amante é um gajo sério. O meu amigo-amante é um puto. O meu amante é um gajo medianamente culto, interessado e engraçado. O meu amigo-amante é mais culto, mais inteligente, e engraçado. O meu amante, in his 30's tem a experiência. O meu amigo-amante, in his 20's tem o fulgor. O meu amante faz-me o jantar. O meu amigo-amante encomenda comida. O meu amante anda pela minha casa de boxers. O meu amigo-amante corre comigo de casa dele no fim. O meu amante é um sonho. O meu amigo-amante está a tornar-se um pesadelo. O meu amante aborrece-me. O meu amigo-amante toca-me como ninguém. O meu amante acha que eu sou dele. O meu amigo-amante teme que eu seja de mais alguém. O meu amante é meu amante. O meu amigo-amante é meu amigo. Vivo num filme e não sei como sair dele. Airosamente, pelo menos.

terça-feira, 9 de junho de 2009

terça-feira, 2 de junho de 2009

Olho à minha volta e está tudo a ter filhos. Devem ter posto qualquer coisa na água. Ou então foi um Inverno realmente frio. Anywayz. Sou demasiado irresponsável (e nova! humpf...) para ter filhos. Mas. Um dia destes sentei-me com a minha esposa e tivemos A conversa. "Sabes que vou ser extremamente infeliz se não tiver um, não sabes?". Que sim, que sabe. "Tens consciência que te vais apaixonar por ele tanto ou mais que eu, não tens?". Que sim, que tem. "Então tá". Então tá. E pronto. That simple. Daqui a uns 15 dias chega a criatura mais fofa do Universo. Cinzenta, felpuda, olhos verdes, orelhas enormes. Provavelmente vai-me fazer o sofá em tiras, roer os cabos do computador e, definitivamente, vou ter de comprar um aspirador. Mas, who cares?

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Esta cidade está em chamas. É difícil manter-me sóbria perante o festim de carne, corpos, bocas lascivas, olhares a tansbordar de desejo. Corro para casa e tomo banho. Deito-me na cama, sem roupa, com a janela aberta, e penso em ti.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Cinco dias depois e ainda oiço o meu cérebro a fazer eco... Nota mental: da próxima vez não confiar em cromos.
Um apontamento de lucidez no meio da bruma química: homens de 30 anos, definitivamente! E acordar numa confusão de braços, pernas, mãos e cabelos misturados. E cheirar-me nas tuas costas. E embebedares-me com vinho tinto. E fazeres-me o jantar. E preocupares-te comigo mais do que contigo. E teres juízo por mim mesmo quando eu não tenho.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Estão sempre a perguntar-me se consigo dormir com o barulho. Claro que o número de pessoas que sabem que consigo dormir com o barulho de demolições a alguns centímetros dos meus ouvidos é muito limitado. Ainda assim. Barulho é barulho. Música é música. Ocasionalmente passa alguém que grita o seu amor pela cerveja com mais fervor. Isto já é passível de me arrancar aos braços de Morfeu, mas apenas durante breves segundos, os suficientes para me virar para o outro lado e adormecer com um sorriso nos lábios. Dito isto, sou incapaz de dormir com a mais ínfima réstia de luz. Quem conhece as portas da minha casa e leu até aqui já pode parar de rir. Muito obrigada.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Tenho a mania que sou dura...

Cenário: sábado à noite. A festa acontece a 3 metros, no máximo, da minha janela. Eu: adormeço no sofá às 22h30. Planos para hoje: embubadar-me com sangria do minipreço. Humpf...

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Derrota: achar que isto ia mudar alguma coisa e que já não se podia voltar ao ponto de partida e blablabla whiskas saquetas. You proved me wrong, e ainda bem. Às vezes as derrotas têm um sabor bem mais doce que muitas vitórias. Vitória (contra mim própria): não ceder ao caminho mais fácil. Mais vale tarde que nunca.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Dias vazios e tranquilos, estes. Passear pela cidade ao fim do dia. O primeiro par de sapatos que comprei desde que me mudei para aqui :). Copos com os amigos no fim de jantar. Um regresso ansiosamente aguardado e que afinal correu tão bem. Novos vizinhos a caminho de novos amigos. Gente porreira e sem stresses. Pessoas que se entreajudam sem esperar nada em troca. Surpresas agradáveis num bairro no meio da cidade que mais se parece com uma aldeia minúscula. Ouvir música o dia inteiro enquanto trabalho. Manel Cruz a falar-me ao ouvido nas viagens de metro. Palavras doces em vez de parvoíces sem sentido. A casa a começar a parecer-se com um lar. Comida no frigorífico. Preparativos para um fim de semana que se espera intenso. Dormir 4 horas por noite e sobreviver. Sinto-me em estado zen, mas deve ser apenas sleep deprivation.

Tu quoque?

Já perdi a conta ao número de amigos que me pediram para os beijar (tudo em nome de um conhecimento, vá, científico). Mas... um gay?!

terça-feira, 12 de maio de 2009

Moro no bairro mai lindo desta cidade!

Ironias da vida

Desde que me mudei que ainda não passei uma peça de roupa a ferro. A minha irmã passa a roupa dela a ferro todos os dias. Ahahahahah!

segunda-feira, 11 de maio de 2009

E quando já me tinha resignado a sofrer para a eternidade, eis que parou de me doer. Vá, não dói quase nada. Só quando como. Ou quando falo. Ou quando respiro. Mas é mesmo quase-quase-quase nada...

domingo, 10 de maio de 2009

A pessoa que eu não sou hoje, mas que um virei a ser, ama a pessoa que tu não és hoje, e que talvez nunca venhas a ser.

sábado, 9 de maio de 2009

O meu pirçu ERA querido. Agora é só uma dor atroz.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

O meu pirçu é tão querido

A novos começos. Txin txin!
Porque é que não consigo dormir? Porque é que me apetece chorar e não consigo? Porque é que me sinto a desesperar? Porque é que não deixo de me portar como uma criança? Porque é que insisto sempre nos mesmos erros? Porque é que deixei esta situação arrastar-se por tanto tempo? Porque é que me prendes a ti por um fio invisível e não me deixas partir? Porque é que eu deixei isto chegar a este ponto? Porque é que sempre que decido que acabou me consegues dar a volta e dizes sempre as palavras certas? Porque é que em todas as restantes situações nunca dizes as palavras certas? Porque é que estás aí e eu aqui? Porque é que isto já não chega para mim? Porque é que não conseguímos comunicar? Porque é que o teu telemóvel está sempre desligado quando tenho coisas importantes para te dizer? Porque é que agora que a minha vida começou estou presa no mesmo sítio e não consigo avançar mais? Porque é que não consigo sonhar contigo? Porque é que estou num beco sem saída? Porque é que me recuso a avançar? Porque é que a minha intuição me diz que isto é o fim? Porque é que esperei tantos dias por ti e não vieste? Porque é que faço a mesma merda de perguntas há tanto tempo e tu não consegues responder a uma? Porque é que as outras pessoas conseguem seguir com as suas vidas e eu não? Porque é que a vida das outras pessoas é normal e a minha não? Porque é que as outras pessoas conseguem definir objectivos realistas e fazer projectos e eu não? Porque é que as outras pessoas se contentam com coisas simples e previsíveis e eu não? Porque é que estou fechada numa sala enquanto a vida acontece lá fora? Porque é que me vim embora e agora me arrependo? Porque é que tenho tanta dificuldade em me comprometer com qualquer coisa que seja? Porque é que gosto da dor? Porque é que nunca tenho coragem para levar as minhas decisões até ao fim? Porque é que preciso sempre de grandes dramas? Porque é que me meto sempre em sarilhos? Porque é que preciso sempre de ir pelo caminho mais difícil? Porque é que me dá prazer ser cruel? Porque é que o simples não me atrai? Porque é que já não chega? Porque é que já não chega? Porque é que nunca chega? Porque é que ninguém me atende o telefone?

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Há qualquer coisa de trágico em ti. Felizmente não se nota muito quando tens os olhos fechados.
Eu às vezes faço perguntas para as quais não quero saber as respostas. A sério. Mesmo!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Futilidades

Os rapazes de 24 anos de hoje sabem muito mais que os rapazes de 24 anos de quando eu tinha 18.
Os rapazes de 24 anos de hoje querem exactamente o mesmo que queriam os rapazes de 24 anos de quando eu tinha 18.
Nada se compara a um rapaz de 30 anos.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Que culpa tenho eu se gosto de ver TV?

Ficar uma noite inteira enrolada a um gajo no sofá dele e depois levantar-me e vir-me embora é cruel?

segunda-feira, 27 de abril de 2009

E são isto horas para postar?

Claro que são. Amanhã é dia de trabalho? Pois é. Mas ter internet em casa 15 dias depois de me ter mudado é razão suficiente. Já não posso registar as primeiras impressões, mas posso tirar conclusões. O que viver sozinha tem de bom: praticamente tudo. O que viver sozinha tem de menos bom: tenho sempre fome.
Vou dormir.
Nota: estar a postar na minha caminha fofinha, no meu paraíso branco e cor-de-rosa (para alguns o bubblegum nightmare) não tem preço.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Acontecem-me coisas #2

E acontecem em catadupa. Estou eu muito bem no meu local de trabalho (ligeiramente coxa e de téne) quando pessoa x da instituição y me liga a perguntar se estou interessada no trabalho z. Depois de saber as condições (bastante interessantes, embora o bastante interessante seja relativo no meu caso --> qualquer trabalho em que possa maquilhar-me e usar saltos altos é um upgrade significativo) pergunto na minha ingenuidade quando querem que vá à entrevista. Resposta: não é preciso, já foi seleccionada. WHAT???????

domingo, 5 de abril de 2009

Acontecem-me coisas #1

Se eu fizesse uma lista... Desta vez, o acidente doméstico mais estúpido do mundo, round 2. A menina é muito distraída (natural born blonde...). A menina anda muito cansada. A menina dorme profundamente enquanto uma das extremidades do seu corpo sofre queimaduras de 3º grau, vá 2º. A menina tem um pé queimado e não pode usar o calçado de segurança para ir trabalhar. Não é a primeira vez que isto acontece à menina. Alguém me mande dois berros, faxavor.

terça-feira, 24 de março de 2009

Tinha qualquer coisa verdadeiramente brilhante para escrever aqui, mas esqueci-me o que era. Em todo o caso deixarei aqui um pensamento profundo: Deixa de ter graça quando é mesmo a sério. Aplica-se a uma infinidade de situações, mas neste caso estou a falar de malucos do manicómio. Dos verdadeiros.

segunda-feira, 16 de março de 2009

A minha casa já tem: cerveja.
A minha casa ainda não tem: tira-caricas.

quinta-feira, 12 de março de 2009

CHAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAVE!

sábado, 7 de março de 2009

E a vidinha continua, banal, lenta, aborrecida. Partilho com os demais alucinados, esquizofrénicos, desesperados, atormentados deste mundo, a secreta esperança que alguma coisa extraordinária aconteça de repente, e que mude a minha vida e me salve de mim. Alguns dirão que vivo em negação, outros chamam-lhe masturbação mental. Eu gosto de pensar que vivo uma ilusão consciente e que é real num universo paralelo.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Demasiado cansada para escrever, mas razoavelmente feliz, com um novo sobrinho (ou sobrinha) para chegar, chave quasequasequase na mão e mobílias a conta-gotas.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Nota-se muito que me sinto um bocadinho, mas só um bocadinho, frustrada com o trabalho?

Eu sou o exemplo acabado do que é falhar uma vocação. Andei 5 anos a brincar aos universitários (e às casinhas, e aos médicos, e a muitas outras coisas que agora não vêm ao caso) numa faculdade de ciências. Depois andei mais 3 anos a passsear o meu brilhantismo numa faculdade de letras. E isto tudo para quê? Realmente trabalho numa área que tem algo a ver com a(s) minha(s) formação(ões), mas mais porque fui optando ao longo do tempo: cadeiras em opção, trabalho voluntário nas férias, etc. A ideia era que seria mais fácil entrar no mercado de trabalho, o que realmente se verificou, mas na verdade trata-se apenas de escravatura (por definição). Mas isto tudo para dizer que apesar de ter, finalmente, feito o curso que queria, acabo por pensar que escolhi mal, o que se torna um bocadinho mais grave porque foi o segundo curso. Adoro História, mas será que existe such thing como ter vocação para História? E vou trabalhar em quê? Vão-me pagar? Claro que não. É por isso que não dou por totalmente perdido o tempo, sempre sou arqueóloga, se não é exactamente a mesma coisa é parecido, e todos aqueles dias de Verão a trabalhar (pro bono) debaixo de 38º parecem agora ter valido a pena, pelo menos para poder dizer que sou arqueóloga, mas lá vem o diabinho por cima do ombro a dizer mais uma vez que não sou trabalhadora, sou escrava (por definição).
E afinal qual será a minha vocação? Para dizer a verdade sinto-me verdadeiramente feliz no meio de linhas, agulhas, tecidos, cores, brilhos. Será isto uma vocação? E, ainda mais curioso, sinto-me muito feliz a servir à mesa. O trabalho é muito gratificante, as pessoas são fantásticas, chego ao fim do meu turno com aquela sensação boa de dever cumprido. Será isto uma vocação?E o que tem mais graça no meio disto tudo: aquelas pessoas não me conheciam de lado nenhum, eu não tenho formação nenhuma na área, mas apostaram em mim, confiaram em mim, deram-me uma oportunidade. É muito bom ouvir de um supervisor um elogio rasgado. E o que é melhor: eles pagam-me a tempo e horas, independentemente de o cliente lhes pagar a 30, 60 ou 90 dias. Será que descobri aos 27 anos que devia ter-me formado em hotelaria e estaria agora a ganhar rios de dinheiro? Será que vou tirar outro curso e seguir (mais uma vez) uma direcção totalmente diferente?
Vocações àparte, cheira-me que um dia destes há um certo segundo emprego que vai passar a primeiro.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Obviamente

Tenho um príncipe perdidamente apaixonado por mim. Ficou cheio de pena quando lhe disse que não tinha carro próprio. Disse que ia pôr dinheiro de parte para me comprar um. Eu pedi-lhe um Ferrrari. Azul. Ele disse que podia ser. O príncipe tem sete anos.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Se isto continua assim por mais 38 dias, seria uma boa ideia começar a pensar em construir uma Arca. Pelo menos em Sobral. Se calhar no resto do país está um sol radioso.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Curiosidade antropológica

Recentemente virei loira. Balanço das pessoas minhas conhecidas que comentaram: mulheres - 1; homens - vários. Ainda mais recentemente virei morena. Balanço dos comentários: mulheres - vários; homens - nenhum. Dá que pensar, não dá?

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Desafio

Parece que faz parte de ter um blog responder a estes desafios. Este veio daqui. Fazer o quê? O que é que eu te consigo recusar????

A confissão dos sete pecados mortais, então.

Gula - Comer a toda a hora e/ou além do necessário;
Avareza - Cobiça de bens materiais e/ou dinheiro;
Inveja - Desejar atributos, status, posses e/ou habilidades de outra pessoa;
Ira - É a função dos sentimentos de raiva, rancor e ódio. Por vezes é incontrolável;
Soberba - Falta de humildade, alguém que se acha auto-suficiente;
Luxúria - Apego aos prazeres carnais;
Preguiça - Aversão a qualquer trabalho ou esforço físico.

As regras do desafio são: Revelar a nossa relação com os pecados capitais; Nomear 8 blogues para responder ao desafio.

Mau! A primeira parte ainda vá, agora nomear 8 blogues é que está fora de questão. Já passa da 1 da manhã, Inês Sofia!

Gula - Depende muito. Tenho fases em que não como pura e simplesmente (uma maçã chega para um dia inteiro) e outras em que tenho um apetite voraz. Uma das minhas frases recorrentes é: "Podia comer apenas ... pró resto da minha vida". O ... corresponde a: leite condensado, manga, papaia, caramelo liquído, brigadeiros, bacalhau (qualquer um), noodles instantâneos (este acho que é por causa da palavra "instantâneos"), folhados de salsicha, queijo fresco, salsichas com ovos e batatas fritas (tudo misturado), macdonalds, cerejas, chocolate (só no Inverno).

Avareza - Se estamos a falar da cobiça de bens materiais e/ou dinheiro, confesso já que sim. Os meus sonhos de consumo voam alto (ficam mesmo só por sonhos, na maior parte das vezes), mas avareza não é isso, pois não??? Não me parece que seja. Gosto de partilhar aquilo que tenho, mas como o que tenho não é muito, lá vou partilhando o que é de borla (mas que também tem muito valor!); o meu tempo e a minha dedicação a causas que valham a pena.

Inveja - Gostava muito de ser a Gisele Bundchen, mas tirando isso não me parece.

Ira - Este é o pior! A mim o que me move é o ódio. Se me sinto bem com qualquer coisa porque é que vou mudar? Ou seja, para mudar, para avançar, para crescer, para aprender, preciso de uma boa dose de raiva, quanto mais não seja para provar o contrário. E não é difícil irar-me, mas digo uma dúzia de palavras bonitas e geralmente passa.

Soberba - Considero-me uma pessoa humilde, porque tenho consciência que sei muito pouco e tenho tudo a aprender, mas modesta não sou nada. Sei o que valho e tenho uma auto-confiança para lá do que é razoável (mea culpa, mea culpa, mea maxima culpa), o que leva as pessoas a acharem-me convencida e nariz empinado, mas isto acontece só nas coisas que realmente controlo. Se me puserem no meio de um grupo de geólogos, acreditem que vou ficar tão caladinha e de cabeça baixa que nem dão por mim...

Luxúria - Hum... Posso passar esta à frente? Uma das grandes lições da vida é aprender a dizer não, mas devo ter faltado à escola neste dia.

Preguiça - Sou a pessoa mais preguiçosa do mundo no que diz respeito a sair do meu perímetro de conforto. Mas se estamos a falar de estar esparramada no sofá o dia todo, de pijama, então não sou definitivamente eu. Mesmo quando estou a ver tv estou ocupada com qualquer outra coisa, e de preferância mais que uma. É-me totalmente impossível estar parada no mesmo sítio (e, já agora, na mesma posição) mais de 10 minutos seguidos.


E pronto, alta seca, mas dever cumprido. Satisfeitinha? Vê lá mas é se te libertas dessa culpa judaico-cristã!

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

As coisas más trazem consigo coisas más, as coisas boas arrastam consigo coisas ainda melhores. Prevê-se um período de coisas ainda melhores para breve! Como diria uma ex-colega de escavação (qualquer semelhança daquelas criaturas com os três estarolas é mais que mera coincidência): Weeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee...

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

The tuga way of doing things

Mandaram-me estar na obra às 9h. A engenheira chegou às 15h. A engenheira deu ordem para começar os trabalhos às 15h30. Os trabalhos começaram às 17h. Os trabalhos acabaram às 18h30. Um dia de trabalho perfeito.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Parece que vem aí frio comó camandro, mais lá para o final da semana. Curioso, porque hoje, quando cheguei a casa, mamãe teve de me meter 2 minutos e meio no microondas, no modo de descongelação. Se calhar vestir três camisolas de lã e o casaco-mais-quente-do-mundo foi uma ideia demasiado optimista. Amanhã tentarei cinco camisolas e o casaco-mais-quente-do-mundo. Tentarei, também, a locomoção. Rebolar não conta.
Mas a vida lá tem os seus pormenorzinhos deliciosos. Hoje apareceu a coisa mais interessante desde o dia 2 de Dezembro, como se pode ver abaixo. O mais engraçado é que não consegui perceber se o bichinho era quente, mole, macio ou fofo, mas se a giratória me tivesse passado por cima dos dedos eu também não tinha percebido, e isso era capaz de já não ser tão engraçado. Em todo o caso, lá escorregadio era - um enorme bem-haja ao Sr. Carlos, o encarregado da obra, que se lançou, intrépido, para dentro da vala e me ajudou a apanhar a infâme criatura. Eu suspeito que ele pensou que eu tinha finalmente encontrado o pote do ouro, mas de certeza que a imagem de duas pessoas adultas a correrem por uma vala de meio metro de largura por um metro e meio de profundidade, atrás de um bicho do tamanho de um porta-chaves (dos pequenitos) vale qualquer euromilhões arqueológico.