quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Esta historieta toda de me chover em casa (vide explanação infra) está a dar-me cabo dos nervos. Embora já não chova cá dentro (mas só porque também não chove lá fora) o quarto de dormir da minha esposa está transformado numa barraca, forrada a sacos de plástico e folhas de jornal. Como a salinha de estar dela não está muito melhor (o que inclui um colchão húmido ao alto), acordámos que ela dormiria na minha cama, até a situação estar resolvida (o que será lá para daqui a uns três meses, se bem conheço os obrais desta terra). E isto, diga-se, destrói os últimos resquícios das poucas sanidade mental e qualidade de sono que eu já (não) tinha. A saber:
1. A minha cama deve ter uns dois metros de largura e a grande estúpida ocupa um metro e meio (e é muito mais magra que eu);
2. Ela dorme com um pijama de Inverno, lençol, cobertor, edredon e ainda põe o roupão por cima da roupa não vá ter frio. Eu durmo nua, com o lençol e sobre a madrugada puxo as pontinhas do cobertor. Conflito de interesses grave, portanto;
3. A vaca de merda adormece cedo, o que me faz sentir uma nazi por ficar a brincar no portátil, na cama, até altas horas da madrugada, sensação essa agravada pelo levantar de sobrancelha por cima do ombro, a cada dez minutos;
4. Ela põe o despertador para as nove da manhã e deixa-o tocar de cinco em cinco minutos até ao meio-dia, hora a que se levanta;
5. Ronca que nem a grande porca que é;
6. A minha cama, como é óbvio, serve duas funções básicas e únicas: dormir (quando sozinha) e foder (quando acompanhada). Não será necessário sublinhar que nenhuma das condições se verifica.
Pois é, estou pior que estragada.

1 comentário:

R disse...

Queres um colchão de pessoa para pores a esposa a dormir no chão?