quarta-feira, 13 de julho de 2011

Telefonam-me a perguntar se posso ir fazer de enfermeira. Imagino logo uma bata super curta, o mamalhal a saltar do decote, saltos altíssimos, seringa gigante na mão. Depois acordo e estou na novela da noite. Na verdade, a personagem era uma enfermeira cinquentona e azeda, excesso de peso, divorciada, dois filhos de dois casamentos falhados, cabelos mal pintados, dois maços de SG Gigante por dia, saídas ocasionais com amigas igualmente frustradas para casas chungas nas docas, e alcoolismo eventual. Detesto personagens planas. E detesto quando me vestem com sacas para batatas.

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