sábado, 9 de março de 2013

Há coisas que me irritam. E muito. Aliás, há poucas coisas que me tirem do sério, ou sobre as quais eu fale a sério. Parece que esta é uma delas. O dia 8 de Março é provavelmente o dia do ano em que se dizem mais barbaridades aviltantes e fúteis sobre as mulheres no ano inteiro. O dia 8 de Março não serve para receber florzinhas e beijinhos e chocolatinhos e celebrar o que é ser mulher. Isso celebro eu os outros dias todos. O dia 8 de Março representa uma luta legítima e válida pela conquista da igualdade de direitos entre mulheres e homens. Porque eu já fui preterida profissionalmente. Porque eu já fui assediada. Porque eu já me senti violada. Porque eu já fui olhada com condescendência. Porque eu já fui tratada com paternalismo. Porque eu já fui enxovalhada publicamente. Por ser menos profissional? Por ser menos competente? Por ser menos capaz? Por ter menos experiência? Por me pôr a jeito? Não. Apenas porque não sou homem. Se eu quero que me tratem como um homem? Não! Quero apenas que me tratem da mesma maneira que tratariam um homem. A luta continua.

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