domingo, 26 de julho de 2009

Acho que já escrevi algures sobre o binómio mudanças + transportes públicos, mas como tenho memória curta, neste momento o meu braço está prestes a separar-se do ombro. É incrível como coisas aparentemente leves passam a pesar toneladas numa questão de minutos. Ao fim de um tempo já não se sente o peso, só a dor atroz. E a seguir à dor atroz entro em transe, numa espécie de alucinação, mas daquelas que me deixam mais lúcida que no meu estado normal, e começo, ao contrário do costume, a reparar no que me rodeia. No caminho para casa cruzei-me com um jovem chef muito in (e muito jeitoso), que me fez olhinhos, quando se devia era ter oferecido para ajudar, e um fadista famoso, irmão de outro fadista mais famoso, com um ar um bocado alucinado. Reparei também num zuca que ia pela rua fora a filmar as pedras da calçada, num velho a cheirar a mijo que estava a provocar um engarrafamento no passeio porque ninguém o conseguia ultrapassar, numa loja de porno e nuns hippies a tocarem instrumentos eléctricos (?) no meio da rua.
De maneiras que já tenho aparelhagem no quarto, do que me esqueci foi do comando....

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