sábado, 12 de junho de 2010

O momento alto do meu dia ou Os homens não podem ver um par de chuchas apontadas ao céu

Pela primeira vez na minha vida entro na Assembleia da República. Ponho o meu sorriso pepsodente e dirijo-me ao agente à porta. “O Dr. fulano de tal está à minha espera”. Diz que posso entrar e dirigir-me à funcionária. Digo-lhe que só quero entrar e que o senhor virá ter comigo à porta. “Faxavor de entrar, menina”. Entro. Medo. Os meus joelhos tremem. Tenho pânico de polícias e horror a solenidades. O bófia entra atrás de mim e mete-se comigo à cara podre. Chega o Sr. Dr., que diz para eu entrar e passar as minhas coisas pela máquina de raios-x. O bófia arvora um sorriso (o dobro do meu à chegada) e diz que não é preciso. Agradeço e bato-lhe duas vezes as pestanas. O pateta do Sr. Dr.: “Ninguém te resiste. Reparaste no sorriso de orelha a orelha do bacano?”. Não sei se core de embaraço ou se encha a mochila de semtex para a próxima vez.

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